Não é novidade para ninguém que a pandemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus, ainda vem apresentando repercussões não apenas de ordem biomédica e epidemiológica em todo o mundo, mas também repercussões e impactos sociais, econômicos, políticos e culturais sem precedentes na história recente das epidemias.
Como presidente de uma instituição, a ASPA, que é uma associação que congrega servidores públicos municipais, estaduais e federais, reconheço que a estimativa de infectados e mortos concorre diretamente com o impacto sobre os sistemas de saúde, com a exposição de populações e grupos vulneráveis, a sustentação econômica do sistema financeiro e da população, a saúde mental das pessoas em tempos de confinamento e temor pelo risco de adoecimento e morte, acesso a bens essenciais como alimentação, medicamentos, transporte, entre outros.
Assim estamos vivendo momentos de intensa dificuldade e vemos que há sim a necessidade de ações para contenção da mobilidade social como isolamento e quarentena, bem como a velocidade e urgência de testagem de medicamentos e vacinas que acabam implicando em questões éticas e de direitos humanos que merecem análise crítica e prudência. Só que a nós não compete essa análise. Isso cabe a própria ciência.
Durante este período sofremos com a perda de entes queridos, amigos enfim que se foram e isso é profundamente triste. Não basta dizer – é a vida que segue, pois quem perde sabe dimensionar o tamanho da dor.
Como entidade reconhecida de utilidade pública, a ASPA também segue protocolos e nos esforçamos em não paralisar nossas atividades até mesmo por uma questão de respeito aos nossos associados. Durante todo este espaço de tempo, com as alternativas vindas de decretos, a todo instante tivemos que nos adequar a realidade. É importante dizer que não paramos; acionamos o sistema de home Office, cientes da missão que temos, que é atender e servir nossos servidores e associados.
É fato que já sentimos em Araraquara números de casos e internações bem mais baixos que semanas atrás, no entanto, não devemos nos descuidar do isolamento social, do uso da máscara e distanciamento entre as pessoas. É difícil conviver desta forma com o mundo que criamos nestas últimas décadas? É, mas a necessidade é premente, indispensável para que possamos garantir a nossa vida e também daqueles que vivem ao nosso redor.
Tudo isso vai passar.
*Adilson Custódio, é presidente da ASPA (Associação dos Servidores Públicos de Araraquara)
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