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Briza Abre o Jogo

Por Luiz Carlos Briza

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Incríveis diferenças da Copa

Desde que foi anunciada a Copa do Mundo o Qatar mostrou suas diferenças, entre elas a opulência de sua riqueza e o desrespeito aos direitos humanos. Na cobertura da Globo só se fala da primeira. O capitalismo pode não acabar com o futebol, mas a Copa no Qatar dá sinais maiores que outras partes do mundo de que se caminha para transformá-lo em esporte/negócio de ricos. Até a FIFA, que fez o Brasil de gato e sapato em 2014, não conseguiu liberar cerveja nos estádios do Qatar e barrou manifestações contra as proibições que ferem os direitos humanos no país sede da Copa do Mundo.

No gramado…

A vitória (2 a 0) do Equador, que não é grande potência, mas evoluiu com seus jogadores atuando em clubes europeus, sobre o Qatar, a goleada (6 a 2) da Inglaterra sobre o Irã e a vitória (2 a 0) da Holanda sobre Senegal, mostraram na primeira rodada a já conhecida diferença de nível técnico entre grandes potências e seleções de países menores. Por ser na metade da temporada européia, a Copa do Qatar tem seleções com melhor condicionamento, o que é pior para o Brasil do que nas Copas de junho/julho. Mas como os brasileiros atuam na Europa, espera-se que esta diferença não atrapalhe.

País de Gales e Sócrates…

Sem diferença, fracas e iguais, as seleções de Pais de Gales e Estados Unidos empataram (1 a 1). A boa referência que tenho dos EUA é o sufoco no Brasil em 94, mas aquela Seleção Brasileira jogava mesmo na base de contra-ataques. De Pais de Gales tenho duas lembranças: o golaço de Pelé na Copa de 58 e o hotel de Cardiff, durante excursão do Brasil, onde Sócrates acabou com o estoque do restaurante (11 cervejas) e esvaziou minhas quatro garrafas de vinho, presentes do centroavante Toninho, genro do massagista Toninho do Comercial, que estava morando em Portugal.

*Luiz Carlos Briza, é jornalista desde 1967 com carreira nas Rádios Cultura, Colorado, Clube, 79 e Renascença de Ribeirão Preto como narrador esportivo. Atualmente é colunista do jornal Tribuna Ribeirão e escreve nesta edição para o RCIA ARARAQUARA.

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR