Assistimos em maio no Cear, um evento que deveria ter sido acompanhado por uma grande parte da comunidade, principalmente pela classe política local que distante da realidade, parece tapar os olhos para a drástica situação que passamos e a miserabilidade que aumenta, motivada pelos desajustes sociais e o desmanche do sistema governamental causado pelas mazelas e atos de corrupção que nos levaram ao caos. No evento falou-se de leis, normas, regras e de tantos outros valores importantes para o fortalecimento da cidadania.
Público formado por 400 pessoas acompanhou em maio na cidade o Encontro Regional dos Contabilistas, que embora destinado a uma categoria, poderia ter sido olhado com mais atenção por aqueles que possuem uma interação mais direta com o público. Ali estavam concentrados os contabilistas de uma grande parte do interior de São Paulo, regidos pelo interesse de acompanhar as transformações que vêm acontecendo na economia e no setor, em função de uma nova política que o governo pratica.
Quem é da área, num momento como esse, sabe que a economia é um processo determinado pela demanda, quer dizer, ter que responder às questões colocadas pela sociedade já que a sociedade vive em constante transformação e o trabalho de um contabilista emparelhado com a economia, nunca se esgota. Basicamente era isso que o Sescon SP, dirigido em Araraquara por Wladimir Carlos Bersanetti Rodrigues estava mostrando a esta plateia. Ficamos orgulhosos em acompanhar aquele cenário bem longe de eventos partidários, entendendo o quanto é fundamental que o contabilista tenha um profundo entendimento da sociedade e uma visão abrangente do contexto em que os acontecimentos se dão.
A qualidade de instituições como Sincoar, Aescar, Jucesp e Sescon, nas quais os contabilistas estão envolvidos, é da mais alta importância para a economia local, detendo o conhecimento sobre cada uma das empresas voltadas para o comércio, a indústria, agronegócio e serviços. Isso significa que os contabilistas têm de forma reservada ou sigilosa o raio-x de cada uma delas, sempre com a disposição de orientar ou resolver as situações adversas que às vezes, principalmente agora, lhes são apresentadas.
Acompanhando o encontro dos contabilistas, sentimos em meio à plateia que estamos vivendo um período demograficamente favorável, em que a população idosa é pouco representativa e que infelizmente o país tem à frente uma crise fiscal e um sistema previdenciário deficitário. Trocando em miúdos, estamos perdendo a oportunidade de alavancar o crescimento econômico, levando em nossos pequenos conhecimentos o temor que o país fique velho antes de ficar rico.
Só lamentamos que deste acontecimento – prefeito, vice-prefeito e vereadores – não compareceram e deixaram de aprender ou conhecer os efetivos problemas da Nação. Uma política pobre calcada no assistencialismo – tipo Bolsa Família Municipal – é o que proporciona a eles os votos, pois a ignorância fica submersa numa classe miserável e sobre ela os políticos tripudiam todos os dias. Este é um dos aspectos que nos leva a entender o despreparo do pobre cada vez mais pobre e dos espertalhões abocanhando fatias de dinheiro sujo por este Brasil, quase que sem forças para reagir. Os contabilistas deram uma lição nos desavisados.