Me permito tomar emprestado o título de um famoso programa espírita dos anos 70, veiculado na Rádio Morada do Sol, para tentar retratar o que vem por aí no futebol da Ferroviária.
A parceria que se avizinha entre a S/A e os empresários comandados por Saul Klein deve ser fechada na semana entrante, depois de seguidas reuniões entre as partes, cujos detalhes não foram revelados oficialmente à imprensa. Mas do que se sabe, parece um negócio promissor para o clube que terá investimento maior e com a promessa de construção de um CT, priorizando as equipes de base, velho sonho dos dirigentes araraquarenses quando “fundaram” a S/A e porque não dizer, um retorno às origens, pois nos bons tempos da locomotiva, quando a estrada de ferro estava por trás, a Ferroviária sempre primou por revelar jogadores de qualidade.
Das conversas que tive com membros do Conselho e com o presidente do clube, o nosso Juninho, pude deduzir que a parceria terá respaldo em duas cláusulas importantes que já existem e serão mantidas: manutenção obrigatória do clube na cidade e 51 por cento das ações nas mãos da S/A, o que quer dizer que haverá apenas uma substituição de propriedade dos outros 49 por cento. Em outras palavras a Ferroviária não está sendo “vendida”!
De resto, esperamos que sejam “amarradas” em contrato, as promessas de um bom investimento para levar o futebol grená ao nível da série B do Brasileiro, uma vez que mais dia, menos dia, os campeonatos Estaduais pouco significarão para os times pequenos. Será ainda importante, a fiscalização da gestão do futebol, uma vez que agora ele ficará a cargo da empresa investidora e não mais dos dirigentes grenás. Essa me parece a mudança mais significativa.
Futebol não é uma ciência exata e ninguém vai cobrar por antecipação. Mas podemos exigir que a diretoria utilize sua experiência e não se omita e que haja transparência na gestão de quem chega. Isso posto, é aguardar o limiar de uma nova era para o futebol da Ferroviária!
Adilson João Tellaroli – “bola branca”
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