Exigir um pouco mais de profissionalismo, por parte da maioria dos jogadores de bola, não é nenhuma novidade.
Aqui mesmo deste canto, já falamos no assunto e continuamos a pensar da mesma maneira. Hoje, os atletas do futebol em sua maioria ganham muito dinheiro, são exaustivamente badalados e dedicam à bola, menos tempo que antigamente.
Sem saudosismo, quem via por exemplo, os treinos do eterno Bazzani na Ferroviária (sópara citar um exemplo), se recorda bem. Terminava o “apronto” e lá estavam ele e os goleiros, batendo bola, ensaiando cruzamentos e cobranças de falta. Sim, isso ainda existe mas não na mesma intensidade.
Vai o treinador cobrar um tempo a mais do craque, principalmente nos grandes clubes. Ele alega compromissos já agendados, como publicidade, posar para revistas ou baladas noturnas. E se o técnico insistir, é capaz de ouvir” eu ganho mais que você”! E se persistir, pode ser “dedado” aos dirigentes. Entre um craque que vai render possivelmente cifras milionárias e o treinador, sempre pressionado, vai sobrar p’rá quem?
Infelizmente esse é o estágio atual do futebol brasileiro, agravado pelo fato que também em sua maioria, os dirigentes são mais torcedores do que profissionais em sua missão. Erros são acobertados de imprensa e torcida e só quem vive muito os bastidores, consegue penetrar nessas artimanhas. E como as “fontes” não precisam ser reveladas, quem fica sem saber o que pensar ou concluir, é o torcedor que paga ingresso caro, para ver muitas vezes espetáculos de baixo nível.
Um exemplo está em casa. Ninguém ainda esqueceu as “trapalhadas” na administração da Ferroviária com a chegada do novo investidor. Faltou profissionalismo em todos os sentidos; a saída do técnico Vinicius Munhoz; a chegada de Marcelo Villar (que era homem de confiança de um lado só), a chegada de Sergio Soares e cuja “demissão plantada” jamais foi confirmada ou explicada. Como dissemos anteriormente, o resultado de tudo isso é uma campanha aquém das possibilidades ou necessidades. Pelo menos no Paulistão, vamos sofrendo e rezando degrau a degrau.
Adilson João Tellaroli – bola branca
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