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Gestão desastrosa pode comprometer Ferroviária

Por Adilson João Tellaroli

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Você que nos lê por aqui, deve estar lembrado quando dissemos que “dinheiro é bom mas não é tudo”, quando nos referimos ao novo sistema de gestão no futebol da Ferroviária. Lembramos na ocasião que às vezes ele se torna fácil e acaba contribuindo para que erros sejam cometidos com a mesma facilidade. Infelizmente parece que acertamos nessa premissa.

O episódio recente da troca de treinador e comissão técnica do clube, vai ficar para a história e de maneira negativa. Onde está a propalada gestão profissional? A maneira como Vinicius Munhoz foi alijado do cargo de técnico, cheirou puro amadorismo. E quando se pensava que as coisas seriam mais ou menos acertadas, outro erro crasso, amadorismo ainda maior.

Trouxeram Marcelo Villar e uma penca de jogadores, indicados por ele para depois dispensá-lo às vésperas do campeonato. Um mês ou mais, totalmente perdidos na formação do elenco para o Paulistão que se avizinha. Pior ainda foi a alegação dos dirigentes. Aliás não sei qual das duas é verdadeira ou qual a mais trágica, porque a direção nada comentou no sucinto comunicado de dispensa.

Dizer que ele não se afinou com o esquema, é uma comédia, porque a cúpula da nova direção, diga-se, Klein e Cia. conheciam bem o treinador que foi muito elogiado. Argumentar que parte do elenco não assimilou a saída de Munhoz, é trágico, porque jogador profissional é pago para jogar e se de fato houve um racha, ele não será freado tão cedo com a troca pura e simples de mais um técnico.

E pensar que a Ferroviária tinha um esquema tático e um elenco pré-montado para o campeonato. Bastaria encaixar algumas peças pontuais, mas nem os aguardados três ou quatro jogadores de primeira linha, chegaram para alegrar o torcedor e dar mais qualidade ao elenco.

Meu Deus, quanto tempo jogado fora! Agora é correr contra ele, para tentar consertar os estragos de uma gestão que se mostra desastrosa em seu início e rezar para que o novo técnico Sergio Soares, aplique toda sua capacidade e tenha uma boa dose de sorte, já que vai começar do zero e o tempo urge.

Tem razão portanto, a torcida de estar apreensiva. Tomara que na prática tudo saia diferente do que estamos imaginando, caso contrário o risco de queda irá nos assombrar mais uma vez com dinheiro e tudo!

Adilson João Tellaroli – bola branca

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