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Mudar é bom até certo ponto

Por Adilson João Tellaroli

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Terminou a temporada e iniciam-se as especulações, com troca de treinadores, dispensas e contratações. A torcida se agita aguardando as novidades do seu time. Tudo normal para esta época do ano no mundo do futebol.

Em Araraquara, porém, o chamado período de entressafra começa diferente, mais agitado e com maior expectativa por parte da torcida grená. Perguntas surgem e muitas delas ainda estão no ar: Quem será o substituto de Roque Junior? Por que o diretor resolveu sair, depois de ser elogiado pelo novo investidor? O até ontem treinador, Vinicius Munhoz, vai aceitar o cargo de auxiliar técnico depois de ter seu trabalho enaltecido no último Paulistão? Ele havia sido comunicado a respeito da troca no comando técnico do time? Ou foi também pego de surpresa, como todos nós?

Muitas dessas questões já poderiam ter sido respondidas pela direção afeana que até agora preferiu se omitir. E certamente várias dessas perguntas irão continuar sem respostas. Talvez só o tempo possa aclarar algumas coisas.

Inegável que a mudança ocorrida no comando do clube, iria trazer algumas mudanças. Os novos mandatários que aportaram algumas centenas de reais, têm todo direito de colocar homens de sua confiança em cargos considerados estratégicos, mas o que causou mesmo surpresa, foi o “chega pra lá” no técnico Vinicius Munhoz. A expressão pode parecer um pouco forte, mas nos parece adequada pela maneira como as coisas ocorreram. A própria torcida grená não está engolindo a troca, embora se reconheça o direito dos novos acionistas em realizar substituições. Porém, apesar do futebol brasileiro ter a mania de trocar treinadores sem pensar muito, devemos reconhecer que essa prática ocorre quando os resultados não aparecem e nunca o contrário, como foi o caso da Ferroviária.

Mudar a direção técnica, significa mudar todo o conceito tático que vinha sendo utilizado. Os jogadores que estão retornando de empréstimos, estavam devidamente adaptados ao conceito de Vinicius Munhoz e agora terão que se adaptar novamente e muitos podem nem fazê-lo, ou seja, a base que existia para a próxima temporada pode se desfazer e o tempo urge! Claro que novas contratações vão pintar rapidamente, mas é inegável que surge também um ponto de interrogação em tudo.

Mudanças eram esperadas e muitas podem ser benvindas, mas há que se ter cautela. Como dissemos semanas atrás, dinheiro é ótimo, mas não é tudo no futebol. Exemplos não faltam, porisso todo cuidado é pouco, como se diz popularmente!

Adilson João Tellaroli – “bola branca”

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