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O futebol bagunçado da CBF

Por Adilson João Tellaroli

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Pesquisa recente aponta que Flamengo e Corinthians são os clubes que detém a preferência maior dos torcedores brasileiros. Até aí nenhuma novidade. Entretanto, o que aparece nas entrelinhas é uma realidade preocupante.

O distanciamento cada vez maior da torcida com a seleção brasileira. Apenas dois por cento, dizem acompanhar e torcer com fervor pelo time do Brasil, muito diferente de anos atrás.

A primeira razão é óbvia, uma seleção baseada em jogadores que não atuam mais no país, distante do povo mas perto dos dólares, com pouca ou nenhuma identificação coma massa torcedora.A segunda razão é a realização de jogos amistosos contra seleções fracas que em nada contribuem para melhorar esse relacionamento.

Quase sempre os jogos da seleção são marcados em datas importantes do campeonato brasileiro, desfalcando clubes que estão disputando o título e causando até certa revolta. O torcedor deixou claro que prefere o seu time, não a seleção, mas a CBF vai na contramão. E pior, marcando os amistosos fora do país!

Como se não bastasse, uma outra contribuição negativa da entidade que rege o nosso futebol, é a permissão aos clubes, para “venderem” mandos de jogos. Quando um time sobe para uma divisão maior, CBF e Federações aplicam a regra e exigem certa capacidade de público nos estádios e outras melhorias para autorizar o acesso.

Os clubes adequam os campos e depois vão jogar fora de casa em troca de alguns cruzeiros, deixando a torcida a ver navios. No primeiro turno do Brasileiro deste ano, sete jogos foram “negociados”, quase o dobro do campeonato inteiro do ano passado. É mais uma contribuição para afastar o clube do seu torcedor. Venda de mando deveria ser proibida! Ah! O futebol é profissional! Sim, mas o dinheiro apesar de importante, não pode estar acima de tudo, atropelando a ética e a torcida que paga ingresso. Já imaginaram a Ferroviária mandando seus jogos em Ribeirão Preto?

Adilson João Tellaroli – “bola branca” –

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