Ao ler a Bíblia Cristã, principalmente o Antigo Testamento, parcialmente o Torá (livro sagrados judeus) e o Alcorão (livro sagrado do Islã/muçulmanos), todos focados na história e geopolítica da época, é possível notar a riqueza histórica dos povos do Oriente Médio ‒ cada qual escrito dentro da respectiva visão religiosa: cristianismo, judaísmo e islamismo ‒ e, assim, entender os conflitos religiosos entre os povos do Oriente Médio.
Do outro lado, isolados na Faixa de Gaza, e no território palestino, estão milhões de seres humanos, crianças, idosos, histórica e violentamente expulsos da região onde Jesus Cristo e seus familiares habitaram. Desde o ano de 1967, mais de 700 mil palestinos passaram pelas masmorras sionistas, movimento iniciado no século XIX, que visou defender o retorno dos povos judeus para ocupação e criação de um Estado Nacional Palestino.
O Estado de Israel foi oficializado em 1948, um estado judeu na antiga região da Palestina, no Oriente Médio, região milenarmente afetada por conflitos, com motivos visivelmente econômicos, políticos e também religiosos, envolvendo os países árabes em volta do território de Israel.
Para além do conflito na região, há os interesses econômicos dos Estados Unidos e da China, tendo o Irã, o mais poderoso país do mundo árabe, contra os Estados Unidos. Há cerca de 5.000 prisioneiros palestinos em prisões sionistas, submetidos a torturas, métodos opressivos e penas abusivas.
A guerra decretada pelo governo de Israel, tendo como primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de extrema-direita, está preocupando todo mundo. Netanyahu, lamentavelmente, está dando continuidade ao conflito com o grupo islâmico armado Hamas, dificultando ainda mais a paz naquela região, com mortes de centenas de crianças e idosos. Até quando escrevia este artigo notícias indicavam que, aproximadamente, 1.700 pessoas morreram, sendo 1.020 em Israel.
Ao longo dos anos, cidades, vilarejos, bairros, casas, prédios e centenas de oliveiras plantadas por palestinos que moram na Faixa de Gaza e Cisjordânia vêm sendo destruídas por Israel. Se não cessarem essa guerra, temo que os povos árabes, no mundo todo, se unam e resolvam ir para cima de Israel, campo ideal para o Hamas e outras organizações ampliar os ataques.
A tragédia do Word Trade Center, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001 que envolveu, segundo a ONU, mortes de 2996 seres humanos em Nova York; 125 no Pentágono; 246 vítimas dos aviões, pode a qualquer momento se repetir. Os Estados Unidos, por meio do presidente Joe Biden, enviando armas e munições para Israel, pondo mais lenha na fogueira. Não bastando a guerra entre Rússia e Croácia, vamos ter que suportar mais essa?
Chega de bloqueio da Faixa de Gaza, impondo à população local condições desumanas. O Estado de Israel tem que respeitar a decisão da ONU em 1948, e devolver parte das terras ocupadas aos palestinos, que tem direito a um Estado independente. Os judeus não querem. Chega de tantas guerras!
(*) Walter Miranda, graduado em Economia e Contabilidade; mestrado em Ciências Contábeis pela PUC/SP; pós-graduado em Gestão Pública pela UNESP/Araraquara, militante do PSTU e da CSP-CONLUTAS Central Sindical e Popular.
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