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Voluntários: uma espécie em extinção

Por Suze Timpani

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Muito se fala sobre religião na atualidade, mas estamos deixando de seguir a principal regra ensinada por Jesus, o amor ao próximo.

O individualismo vem ao longo do tempo tomando conta da alma humana, e isso faz com que esses seres, cada vez mais se distanciem das obras de caridade, da sociedade, pois preferem atender seus próprios interesses. O egoísmo que nos consome, faz com que deixemos para trás a possibilidade de mudanças na vida alheia, que exige apenas atos simples de fraternidade que poderia mudar os rumos da vida de alguém.

Todo mundo correndo, todo mundo sem tempo, e o próximo que fique para a próxima, assim caminha a humanidade.

Em uma conversa informal com o vice-prefeito Damiano Neto, perguntei o porquê de não termos mais na Facira o pavilhão onde as entidades trabalhavam com alimentação, afinal sempre foi a parte mais interessante da feira e que atraia o maior número de pessoas. A resposta foi simples “as entidades não tem voluntários para trabalhar todos os dias”.

Joanilda Pegoraro que mantém o projeto Peruquinhas de Fios, que atende crianças vítimas de câncer, diz o mesmo “algumas pessoas se voluntariam para nos ajudar a fazer o trabalho, mas assim que aprendem se utilizam disto para outra finalidade e não mais aparece para continuar o trabalho, temos um grupo de whatsApp com 80 pessoas, mas apenas 10 ou 15 nos melhores dias se voluntariam, mas mesmo assim continuamos firmes”- diz ela.

Na última sexta-feira (22) a prefeitura de Araraquara, enviou à imprensa uma matéria sobre o Grupo Viva, que mantém um projeto onde doa em média 60 refeições diárias a moradores em situação de rua. No texto o presidente da associação Henrique Santos, enfatizava a necessidade de mais voluntários.

Embora não seja grande conhecedora da bíblia, mas posso encontrar no Google versículos referentes a vários assuntos, como em Mateus 6.3 constatei que “Quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Cada um entende o versículo a sua maneira, penso eu que se voluntariar em um projeto não entra como esmola, portanto deveremos sim mostrar os bons trabalhos, dar ênfase a pessoas que doam parte do seu dia em prol do próximo.

No ultimo sábado (22), conheci um projeto através de uma Live em rede social que me deixou encantada, Fraternidade Sem Fronteiras, projeto que atua em alguns dos lugares mais pobres do planeta. Só conheci porque foi exposto.

Em Araraquara há várias entidades e projetos sociais que necessitam de ajuda, seja financeira ou mão de obra, e muita gente boa que se desdobra em prol do próximo.

Em um mundo globalizado e digitalizado onde as muitas pessoas acreditam que chique é postar fotos em rede social de belas roupas e festas, penso que chique mesmo é mostrar um trabalho social, é doar um pouco de si ao próximo, é se transformar em digital influencer da solidariedade. Afinal somos o que espalhamos e não o que juntamos. Espalhe fraternidade, pois quem ganha com isso é você.

** As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem,necessariamente, com as do RCIARARAQUARA.COM.BR