
Um dos nomes mais expressivos da arquitetura regional, Paulo Barbieri, faleceu nesta segunda-feira (27), em Araraquara. Centenas de pessoas se manifestaram pelas redes sociais lamentando o fato, pois o arquiteto era muito estimado por todos os colegas e pela própria comunidade regional por sua brilhante atuação profissional.
Membro de tradicional família em Araraquara, o filho de Rafael Barbieri e Ida Benatti Barbieri também teve irmãos que se destacaram no comércio, no campo das comunicações e política. Leonardo Barbieri foi deputado federal e estadual em dois mandatos. Roberto Barbieri, formado em Direito, se destacou como um dos mais importantes jornalistas do interior e Palmira, a irmã casada com José Piccarollo.

Com o falecimento dos pais, os quatro filhos assumiram a Casa Barbieri e anos mais tarde também criaram A Cabana, loja de eletrodomésticos e eletrônicos. Juntos também fundaram em 1958 a Rádio A Voz da Araraquarense (hoje Rádio Morada do Sol) e em 1965 o jornal O Diário da Araraquarense.
Nos anos 60, desfeita a sociedade cada um seguiu caminhos diferentes: Leonardo na política, Roberto no jornalismo e Paulo Barbieri na arquitetura. Anos mais tarde, Paulo passou a fazer parte da equipe de Planejamento da Prefeitura Municipal juntamente com Chico Santoro, quando era prefeito Waldemar de Santi, sendo criado o Plano Diretor da cidade.

Paulo Barbieri além do seu envolvimento em projetos residenciais e empresariais, deixou sua marca em projetos e construções de vários prédios públicos em Araraquara, como a sede do Tiro de Guerra na Vila Xavier. Em Matão, criou o Plano Diretor do município, o mesmo ocorrendo em Sertãozinho.
Marcelo Barbieri, seu primo, ao RCIA disse na noite desta segunda-feira que “Paulo era uma pessoa extraordinária, dotado de princípios éticos e de muito respeito para com o próximo, deixando para a história da cidade o legado de grandes realizações”. Marcelo citou ainda – o envolvimento de Paulo com as instituições filantrópicas e que sua vida profissional foi pautada por uma linha de conduta irrepreensível.
Casado com Marli, era pai de Cláudia, Ângela, Sônia e Cibele (já falecida). Em agosto de 2017, Paulo teve o falecimento da esposa. Sua vida contudo sempre foi voltada para a família, deixando o exemplo de bom pai e marido. A cidade lamenta sua morte e com ele seguiu uma parte da história da cidade.