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Assassinos de Fabinho Cross começam a ser julgados: bombeiro civil, o primeiro a sentar no banco dos réus

Agnaldo Francisco Rodrigues, 51 anos, bombeiro civil que trabalhava no Almanaque, casa noturna na região central de Araraquara, e, onde foi assassinado o empresário e cliente Fábio Luís Gaspar, o Fabinho Cross, será julgado no dia 3 de fevereiro de 2026, uma terça-feira.

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Almanaque na Rua Gonçalves Dias, onde Fabinho foi morto

Está marcado para o dia 3 de fevereiro do ano que vem o julgamento de Agnaldo Francisco Rodrigues, bombeiro civil que trabalhava como segurança no Almanaque, casa noturna na região central de Araraquara, e, onde foi assassinado o empresário e cliente Fábio Luís Gaspar, o Fabinho Cross.

Agnaldo, 51 anos de idade, é o primeiro dos cinco réus a sentar na cadeira desta sessão do júri que pode se tornar um dos mais polêmicos dos últimos anos em Araraquara, dada a forma com que o jovem foi morto, envolvido pelo instinto de crueldade.

Serão julgados ainda – em datas a serem anunciadas: André Correa Macieira, conhecido como Deko, que ocupava a função de gerente da casa noturna, além dos seguranças Danilo Henrique Rocha Valarani e Adryan Antony Rodrigues Vidal. Um cliente da casa chamado Eduardo Carrascosa Franco Machado, também é acusado por ter participado do homicídio.

Todos os réus foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado, porém respondem em liberdade, de acordo com decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

O Laudo necroscópico que mostra as causas da morte do empresário na casa noturna Almanaque no dia primeiro de setembro do ano passado aponta – homicídio por asfixia mecânica por estrangulamento.

O estabelecimento é uma espécie de bar com grande frequência nos fins de semana, mantendo seguranças e um aparato de vários funcionários. O acontecido no estabelecimento naquela noite foi montado em um inquérito que aguardou por vários dias o relatório do IML (Instituto Médico Legal) apontando as razões da morte.

Já era do conhecimento geral que – o empresário conhecido como Fabinho Cross teria sido violentamente agredido e levado para uma sala onde recebeu um golpe via de regra chamado “mata-leão” que culminou com sua morte, apontando como responsáveis pelo menos cinco homens – gerente, dois seguranças, um bombeiro civil e um cliente.

Por conta do homicídio qualificado, pelo menos dois dos acusados foram presos após prisão preventiva decretada pela Justiça de Araraquara: o cliente, então com 39 anos idade e um segurança com 20, encontrados no Jardim Pinheiros II e no Bairro do São José, sendo recolhidos à Cadeia Pública de Santa Ernestina.

Antes da divulgação do laudo pelo IML, o setor de investigações já tinha em mãos imagens que mostravam as agressões cometidas contra Fabinho Cross em dois ambientes da casa noturna; elas foram obtidas após busca e apreensão determinadas pela Justiça em aparelho DVR escondido no forro do imóvel.

Embora os envolvidos tenham negado participação no crime, foram as filmagens que comprovaram a veracidade do laudo emitido e as informações iniciais de que a vítima fora segurada e arrastada pelo pescoço.