Se mato alto e pneus jogados pela cidade remete qualquer um para focos de dengue, já a comerciante Maria Lúcia Pereira, 53 anos, também resolveu fazer a sua parte, inovando com o colorido dos pneus e transformando-os em vasos.
Maria Lúcia proprietária de uma serralheria na Rua Castro Alves (16) teve a ideia de transformar os pneus que encontra pelas ruas em vasos coloridos, reciclando para não deixar que se transformem em criadouros de dengue.
Ela conta que o mato no canteiro central da rua, em frente sua loja, na maior parte do tempo está alto, então pediu aos funcionários César Augusto Nascimento e Anésio Barros, que ajudassem a capinar, para que o local ficasse com boa aparência. A princípio comprou tintas e o tempo que tinha disponível coloriu os pneus para plantar flores.
Segundo Maria Lúcia, ao andar pela cidade percebeu que em muitos pontos tinham pneus jogados, começou a recolher e utilizá-los para plantar também frutas no canteiro central – “com esses incêndios nas matas os pássaros não tem como se alimentar, mas em breve serão muito bem vindos em nossa rua” – diz a mulher.
O canteiro central já conta com mudas de ameixa, goiaba, fruta do conde, Jabuticaba e limão, além das flores que vêm chamando a atenção de quem passa pela via.
Maria Lúcia diz ainda que está conversando com outros moradores da região para mais adiante contratar um jardineiro para o quarteirão, pois, acredita que as plantas irão precisar de poda e cuidados para que não atrapalhem a visão dos motoristas, isso porque nem sempre César e Anésio estão disponíveis para os cuidados necessários, pois têm muito trabalho na serralheria. Eles pretendem ainda colorir todo o quarteirão.
No mês de outubro eles começarão a construção de uma árvore de Natal, que também será feita de pneus, além de um pavão e um cisne que serão colocados no canteiro central para comemorar as festas de final de ano, “vamos transformar este espaço em um ponto de referência, afinal se cada um doasse um pouco de seu tempo para cuidar da rua de sua casa, a cidade não sofreria com tantos problemas” – afirma Maria Lúcia.
