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Edinho assina autorização para ozonioterapia ser implantada no SUS

Nova prática terapêutica está sendo desenvolvida em ambulatório com profissionais habilitados no NGA-3; iniciativa do Município é pioneira

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O prefeito Edinho assinou nesta quarta-feira (5) a formalização da autorização para que a ozonioterapia seja implantada como uma prática integrativa e complementar na rede municipal de Saúde, ou seja, para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).

Um ambulatório com profissionais habilitados já está prestando esse acolhimento no NGA-3 (Núcleo de Gestão Assistencial), no Centro. A equipe multidisciplinar atenderá os casos mais complexos na área de feridas e úlceras de pressão encaminhados pelas unidades básicas de saúde.

A ozonioterapia é uma prática integrativa e complementar de baixo custo, segurança comprovada e reconhecida, que utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio, por diversas vias de administração, com finalidade terapêutica.

“Estamos dando um passo muito importante”, afirmou o prefeito Edinho, que parabenizou e agradeceu a todos que trabalharam para essa iniciativa fosse possível. Ele recorda que uma conversa com o promotor público Raul de Mello Franco Júnior deu início ao projeto. “Ele começou a me falar sobre a ozonioterapia. Fui convencido também por experiências reais do tratamento. Isso tem que se expandir no sistema público de Saúde”, explicou.

A secretária de Saúde, Eliana Honain, disse que o projeto já deu certo. “Muitas pessoas perdem membros superiores e inferiores por feridas não tratadas a tempo. Agora, quem sofre com essas feridas sabe que tem outra alternativa. Araraquara vai ser uma referência. É um grande avanço. É promoção e melhoria da qualidade de vida da população”, disse a secretária. Eliana também destacou que “não é qualquer município que investe 39% do Orçamento em Saúde”, o que demonstra a preocupação da Prefeitura com esse setor.

O presidente da Aboz (Associação Brasileira de Ozonioterapia), Dr. Arnoldo de Souza, explicou que a ozonioterapia é “uma técnica simples, secular, que já acontece em todos os continentes e também é importante neste País”. “O ozônio mobiliza o organismo para gerar os mecanismos de cura. Os resultados são satisfatórios, gratificantes”, relatou.

Para o presidente do Instituto Brasileiro de Ozônio e suas Aplicações, Wilfredo Irrazabal Urruchi, a técnica vai ao encontro do desejo de proporcionar “uma melhor saúde e melhor condição de vida para todos nós”. Ele ainda destacou o pioneirismo de Araraquara ao trazer essa prática.

Raul de Mello Franco Júnior, promotor aposentado do Ministério Público do Estado de São Paulo, também falou da importância da ozonioterapia. “É um gesto simples, mas significativo para a vida das pessoas. Faço votos de que isso se estenda a outros municípios também”, afirmou.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Haroldo Campos, disse que a ozonioterapia chega em Araraquara em um momento fundamental. “Araraquara é a primeira cidade a disponibilizar essa prática no SUS. Isso é histórico e precisa ser ressaltado”, destacou.

Representando a Câmara Municipal, o presidente do Legislativo, Tenente Santana (MDB), parabenizou todos pela iniciativa. “As pessoas mais pobres e que não têm acesso a tratamentos caríssimos podem diminuir o seu sofrimento. Estou muito esperançoso com essa nova prática”, disse.

Participaram do evento também os vereadores Paulo Landim (PT), Roger Mendes (Progressistas) e Elias Chediek (MDB); a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Jacqueline Barbosa; coordenadores, gestores e servidores municipais; entre outras autoridades.

Sobre a ozonioterapia
A implantação da ozonioterapia em Araraquara conta com o incentivo e suporte jurídico do Ministério Público, além da ajuda técnica da Aboz.

Trata-se de uma prática nova no Brasil, mas amplamente utilizada em vários países, como Alemanha, China, Cuba e Itália. Em março de 2018, foi incorporada à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do Governo Federal.

No ano passado, a Prefeitura realizou palestras sobre o tema em parceria com o Ministério Público e providenciou formação para profissionais da Secretaria Municipal de Saúde.

O potencial terapêutico do ozônio ganhou atenção graças à sua capacidade de induzir o estresse oxidativo controlado e moderado quando administrado em doses precisas.

O ozônio é uma molécula biológica presente na natureza e produzida pelo organismo. O ozônio medicinal (uma mistura de ozônio e oxigênio) representa um estímulo que contribui para a melhora de diversas doenças, uma vez que pode ajudar a recuperar de forma natural a capacidade funcional do organismo.

Alguns setores de saúde de diversos países vêm adotando regularmente essa prática em seus protocolos de atendimento, como a odontologia, a neurologia e a oncologia, dentre outros.