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Enquete aponta Facira com 77% de péssima/ruim

Trabalho realizado pelo RCIARARAQUARA foi finalizado nesta terça-feira (3) com resultado que não condiz com os valores investidos pelo Poder Público e as empresas que apoiaram a iniciativa. Nem mesmo dar a ela o tratamento de feira internacional foi suficiente para agradar a todos.

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Empresas de Torres Vedras e os balcões de degustação de vinho, bacalhau e azeite

Com apenas 11% de ótima e 11% de regular, a Facira na opinião dos internautas que participaram da nossa enquete deixou muito a desejar e tem que se sujeitar com 44% de péssima e 33% de ruim: isso significa que 77% das pessoas que opinaram, se mostraram descontentes com a festa. O trabalho foi realizado por 10 dias e o desfecho parece coincidir com os problemas ocorridos no transcorrer da feira.

Você que foi a Facira? Qual avaliação você faz sobre a feira?

  • Péssima (44%)
  • Ruim (33%)
  • Ótima (11%)
  • Regular (11%)
  • Boa (0%)
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Nem mesmo a imagem de ser uma feira com característica internacional teria conseguido agradar os visitantes, que segundo a Prefeitura Municipal chegou a 200 mil pessoas. Imaginava-se que as empresas portuguesas se valeriam de enormes estandes e a comercialização de produtos. Isso não ocorreu, pois elas se concentraram em um espaço dotado de balcões no estande da Câmara Municipal de Torres Vedras, com quem Araraquara firmou um contrato de parceria para o aprofundamento comercial.

Na verdade, disseram alguns internautas durante a enquete, Araraquara não poderia sinalizar com a realização de uma feira internacional agrupando em um único estande a degustação de vinhos, bacalhau e azeite fabricados e representados por uma cooperativa – São Mamede e a Vinícola Adega Mãe. Segundo consta os produtos que estariam vindo para a Facira teriam sido apreendidos pela Receita Federal na alfândega, em Viracopos, Campinas, dias antes da realização do evento.

Sobre isso o Portal RCIARARAQUARA buscou explicações junto à Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, diretamente ligada a organização da Facira. Esta última limitou-se a dizer quando a questionamos sobre a razão de tanto segredo em falar da apreensão que – não havia segredo e que o assunto caberia a eles (portugueses), ou seja, esta informação com todos os detalhes são eles que sabem; e devemos respeitar esta posição.

Vias WhatsApp e email, o portal buscou então este esclarecimento com Rui Penetra, presidente do Conselho de Administração da Promotorres EM, responsável pela vinda das empresas portuguesas, porém não houve resposta. Da mesma forma procuramos a Cooperativa São Mamede e não houve retorno.

Outras dificuldades foram encontradas pelos organizadores ao longo do período de organização, uma delas a locação dos estandes e algumas empresas acabaram entrando de última hora para contribuir com o preenchimento dos espaços, o que tem sido normal na Facira ao longo da sua história. Contudo, o que mais atrapalhou teria sido o cenário degradante de menores circulando com bebidas alcoólicas no recinto. O nosso portal ao divulgar o que foi documentado, assim agiu para alertar nossas autoridades e não em tom pejorativo para mostrar a decadência de um evento que cambaleia politicamente por não mostrar a realidade do seu foco. A Prefeitura Municipal em nota afirmou que a matéria do RCIAraraquara com o título “Bebidas e drogas foram liberadas a menores na Facira” tinha sido equivocada e mal intencionada.

O resultado da enquete apontando que pelo menos 77% das pessoas acharam a feira – péssima/ruim, é outro alerta que se dá para que a Facira seja interpretada como evento voltado para a economia das empresas e não tenha aparência política. É importante que o resgate da exposição ocorra de forma a contribuir com a riqueza do comércio, indústria e do setor de serviços.