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Escolas particulares infantis pedem o retorno das aulas presenciais

De acordo com o grupo de 19 escolas todos os protocolos foram atualizados, para que voltem a receber as crianças com toda segurança

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Escolas particulares dizem que todos os protocolos foram atualizados, para que voltem a receber as crianças com toda segurança

Cerca de 19 escolas particulares de Araraquara, fizeram uma manifestação silenciosa em frente a Prefeitura de Araraquara na tarde desta terça-feira (22).

De acordo com Andréia Bryan Pavão, mantenedora da Escola Infantil Algodão Doce, representantes das escolas infantis teriam uma reunião na prefeitura para pedir uma oportunidade de retorno e atender aos pais, que já voltaram para suas atividades profissionais, e que necessitam da escola.

De acordo com Andréia todos os protocolos sanitários foram definidos e aprovados, para que voltem a receber as crianças com toda segurança. Ela ressalta que muitos servidores municipais e estaduais não querem voltar neste momento, até porque a realidade das escolas públicas não são as mesmas das particulares.

“O número de alunos nas escolas infantis são menores, e os pais que não quiserem que seus filhos retornem, continuarão a receber as atividades remotamente. Bares, restaurantes, escolinhas de futebol, clubes voltaram a funcionar, nós temos funcionários e despesas e as atividades precisam voltar a funcionar até pela saúde emocional das crianças”, diz Andréia.

Ela ressaltou que a maioria dos alunos tem de 4 a 5 anos e que 50% deles pretendem voltar para a escola. “Precisamos sobreviver e estamos pedindo esta oportunidade ao prefeito, não somos irresponsáveis, mas até chegar a vacina a educação ficará parada”, afirmou Andréia.

Cartazes foram colocados em frente a Prefeitura

A mantenedora afirma que até mesmo a Organização Mundial de Saúde é favorável à volta às aulas presenciais e envia uma colocação do infectopediatra Marcelo Otsuka que diz: “É compreensível que pais e mães se angustiem com a volta dos filhos às escolas. Mas cada dia que um aluno passa sem aprender estica sua defasagem de conhecimentos lá na frente, quando estiver construindo o futuro dele e do país. Sob esse ponto de vista, já está na hora de as aulas presenciais serem retomadas no Brasil, com os cuidados necessários garantidos e a opção, dada à família, de mandar ou não as crianças às instituições de ensino. A OMS, o Unicef e a Unesco recomendam que os colégios sejam reabertos até antes das demais atividades. “Quando as medidas sanitárias são respeitadas, o risco de contágio é infinitamente menor nas escolas do que em shoppings e bares”, afirma o médico.

REUNIÃO 

De acordo com Paula Ribeiro, Diretora da Escola Girassol, Conselheira Municipal de Educação e idealizadora do GEPA (Grupo das Escolas Particulares de Araraquara) que participou da reunião com o Prefeito Edinho Silva, este é o quarto encontro.

Ela afirma que neste encontro foi apresentado ao prefeito, ao vice Damiano Neto, secretária da saúde Eliana Honain e membros da secretaria da saúde e secretária da educação dados científicos que comprovam que a reabertura das escolas não influenciaram significativamente na situação epidemiológica dos países que retornaram suas atividades educativas, (dados comprovados cientificamente).

“Também apresentamos questionamentos do tipo: porque flexibilizar academias, shopping, aula de Ballet, escolas de idiomas, clubes e não flexibilizar o atendimento das escolas? É difícil entender o que realmente é prioridade nesse país que não valoriza a educação. É muito triste para nós acompanharmos as dificuldades dos nossos alunos, o desarranjo emocional que eles vêm sofrendo, a dificuldade dos pais que precisam trabalhar e não tem com quem deixar os filhos e não fazer nada pra ajudá-los nesse sentido”.

Ainda de acordo com Paula foi apresentado propostas de flexibilização seguindo protocolos rígidos de segurança, principalmente para aqueles alunos que se tem mais necessidade. “Queremos acolher essas nossas crianças e dar aos pais o direito de escolha”, disse ela.

Na reunião o prefeito explicou que neste momento não poderá pensar em flexibilização devido aos números de óbitos recentes que deixaram nossa cidade numa situação epidemiológica bastante crítica. Porém os estudos e as propostas apresentados pelo GEPA serão analisadas pelo comitê científico do coronavírus e logo o grupo terá uma posição do poder público a esse respeito.

“Que fique claro que nossa ideia é retornar de forma híbrida e opcional, portanto desnecessário levantar polêmica sobre algo que já é óbvio: que haverá um retorno, só não sabemos quando. Porem que seja construída a possibilidade dele acontecer de forma segura e opcional”, finalizou Paula.