A mãe de um aluno do CER Maria Renata Lupo Bó, no Cecap I, ficou chocada ao buscar seu filho na creche na semana passada. Ela conta que o filho retornou às atividades presenciais e logo no segundo dia de aula se deparou com a situação de maus-tratos. “Na sexta-feira, dia 13, fui buscá-lo as 11h05. O horário de saída era 11h10. Antes de abrir o portão, eu presenciei a diretora puxando o meu filho pelo braço. Ela estava do lado esquerdo, voltada para o portão, meu filho estava ao lado e do lado direito a educadora dele. As duas o conduziam pelo corredor da creche”, relata a mãe da criança.
Do portão central, ela conseguia já conseguia enxergar o corredor. Quando a funcionária abriu o portão, ela entrou e foi direto para a sala onde a diretora e a professora tinham entrado. “Como desconfiei de algo fui bem devagar e fiquei do lado externo, coisa de 2 metros da porta onde elas estavam. Foi quando flagrei a diretora puxando ele pelo braço e o jogando no chão. Gritava para que ele calçasse o tênis e colocasse a meia”, narra indignada a mãe.
Ela conta que a professora estava ao lado, viu tudo e nada falou. “Eu continuei observando o que ia acontecer. Nisso, ela começou a gritar para que ele colocasse a meia e o tênis e pela segunda vez tornou a puxar o bracinho dele, enquanto ele permanecia no chão sentado, encolhido e com cara de medo”, completa.
O menino, que segundo a mãe “não é de chorar fácil”, estava todo encolhido e com lágrima nos olhos. “Aí eu entrei e perguntei por que ela estava agredindo o meu filho. A justificativa dela foi de que meu filho tinha saído correndo da professora e que a todo momento ele estava tirando o tênis e por isso ela teve que corrigir e que eu havia pego ela nervosa”, continua a mãe da criança.
Nervosa com os maus-tratos da diretora contra seu filho, ela conduziu seu filho até o espaço da refeição para calçar o tênis nele, ocasião em que ele mostrou que seu pé estava cortado abaixo do dedo, motivo pelo qual ele estava se recusando a colocar o tênis.
A mãe questionou ainda a conduta da diretora em relação aos protocolos de higiene, já que, de acordo com ela, “o tempo todo a diretora estava com a máscara abaixada. Somente na hora em que eu entrei na sala é que ela subiu a máscara no rosto”, conclui.
Questionada pela reportagem, a Secretaria Municipal da Educação disse que está ciente da denúncia e irá apurar o ocorrido para tomar as providências cabíveis.