Home Cidade

Saúde em Araraquara dá largada para o Julho Amarelo

54
Julho Amarelo 51

Julho Amarelo 51Palestra no SESA com Mara Caloni,  gerente do Programa IST Aids

Entre esta segunda-feira (16) e 31 de julho, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa Infecções Sexualmente Transmissíveis- IST/Aids, realiza em Araraquara, em parceria com o Rotary Morada do Sol, o Julho Amarelo, com intensificação de testagem para hepatite C.

Preconizado pelo Ministério da Saúde, o Julho Amarelo terá o Dia D em 28 de julho, na Praça Santa Cruz, no Centro. Além dos testes rápidos para diagnosticar hepatite C, neste dia haverá distribuição de panfletos à população sobre a importância da prevenção contra doença, principalmente com o uso de preservativos.

Em entrevista ao programa ‘Canal Direto com a Prefeitura’, na quinta-feira (12), a gerente do Programa IST/Aids, Mara Silvia Caloni, reiterou que os testes rápidos serão realizados neste período no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na Rua Expedicionários do Brasil (próximo à Faculdade de Odontologia da Unesp), às segundas, quartas e sextas, e nos demais dias na rede municipal de Saúde.

Mara reforçou a importância do teste rápido para a população já que tem crescido os índices de casos de infecções por hepatite C em todo o Brasil. Em Araraquara, atualmente 598 pessoas passam por tratamento de hepatite C e outras 290, de hepatite B. A rede municipal de Saúde, incluindo o Sesa, dispõe de vacinas contra a hepatite B.

A gerente do Programa IST/Aids ainda falou sobre a importância da prevenção a sífilis, doença que também tem registrado crescimento de índices de casos em todo o País.

CONSCIENTIZAÇÃO

Segundo Mara Caloni, a exemplo do que ocorre em todo o Brasil, em Araraquara muitas pessoas têm dificuldades para entender e se conscientizar que só se evita infecções sexualmente transmissíveis usando preservativos.

Isso faz com que os profissionais de saúde tenham uma atuação muito importante junto à população, orientando sobre os cuidados necessários para se evitar as transmissões.

“Todos aqueles que já iniciaram a atividade sexual estão vulneráveis à infecção. No caso de adolescentes, o trabalho se concentra mais nas ações de orientação e conscientização, principalmente pelo uso de preservativos”, acrescentou.

SÍFILIS

Mara também destacou o curso de atualização sobre o novo protocolado de sífilis, do Ministério da Saúde, voltado para médicos e enfermeiros da rede municipal de saúde, realizado na quinta (12) e sexta-feira (13), no Sesa Araraquara.

“Além da uniformização do protocolo de atendimento, o foco do curso foi direcionado aos riscos de transmissão vertical, ou seja, quando a mãe transmite a sífilis para o bebê na hora do parto. O número de casos da chamada sífilis congênita está aumentando no Brasil”.

O novo protocolo inclui exames Pré-Natal e testes rápidos para detectar sífilis nos primeiros meses de gestação para evitar a transmissão da criança durante a gravidez e na hora do parto, o que provoca má formação ou óbito, segundo Mara Caloni.

“A sífilis possui três estágios. Uma vez não curado no primeiro estágio, vai para o segundo e, já no terceiro, provoca graves consequências, com comprometimento cerebral e má formação, afetando vários órgãos e podendo levar a óbito”.

Outro problema é que a sífilis é uma doença silenciosa, podendo aparecer depois de cinco ou dez anos da contaminação sem que a pessoa perceba.

PRIMEIROS SINTOMAS

Os primeiros sinais são as feridas nos órgãos genitais, masculino ou feminino, que não provocam dor nem coceira, podendo desaparecer em quinze dias.

 “Porém, se a pessoa não procurar tratamento, a infecção continua no organismo e acaba reaparecendo de outra forma, provocando queda de cabelos ou o surgimento de manchas nas palmas das mãos e dos pés. A sífilis pode reaparecer após cinco anos numa condição bem mais grave, já no terceiro estágio”.

Mara insistiu em reafirmar que além do uso constante do preservativo nas relações sexuais, é muito importante a realização do teste rápido.

“Feito precocemente o diagnóstico, o tratamento tem início de forma mais rápida, o que inibe a evolução da sífilis, que é curável, embora pode voltar numa outra condição”.

Ainda de acordo com Mara Caloni, o Programa IST/Aids realiza várias ações em Araraquara para orientar e prevenir contra infecções sexualmente transmissíveis.

Além de ministrar palestras, inclusive na rede escolar e com recursos áudios-visuais, distribui preservativos e realiza testes rápidos em eventos extras, fora do CTA.