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Araraquarenses mostram suas artes no Festival Aldir Blanc

Artistas de diversas linguagens estão na programação composta por trabalhos selecionados por meio de edital da Lei Aldir Blanc

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"Ritos Matrimoniais de Passagem", com Coletivo Cigarraiada, integra o Festival

A programação do Festival Aldir Blanc, neste sábado, 27 de fevereiro, apresenta diversos vídeos com apresentações de artistas de Araraquara selecionados pelo edital da Lei Aldir Blanc. As apresentações gratuitas podem ser conferidas pelo canal da Prefeitura de Araraquara no YouTube, a partir das 20 horas.

Com vídeos produzidos em diferentes linguagens artísticas, a programação traz um apanhado do que vem sendo produzido pelos artistas da cidade durante a pandemia da Covid 19.

A programação deste sábado (27) apresenta: “De volta aos 80’”, com Banda Quatro Sentidos; “Homenagem a Chico e Paulinho”, com Eloi Brito; “Música Pelo Mundo”, de Junior Karegato; “Um Sopro de Vida”, de Rodrigo Rocha e Guilherme Furlan; “Artistas Pretos da MPB”, com Fyaman“Cantinho de Mãe”, com Shriley Castro; “A Olho Nu”, com Luzinete Silva; “Ritos Matrimoniais de Passagem”, com Coletivo Cigarraiada“Tramas Têxteis e Textuais: um Corpo para a Memória”, com Fernanda de Cássia Ribeiro; Afrokit“, com Allydi e Fulô.

Vale lembrar que a programação do Festival Aldir Blanc segue até março e apresenta: Artes Plásticas (postagem no Facebook no dia 03); Oficinas culturais (dias 04 e 08, às 15 horas), apresentações de diferentes linguagens (dias 05, 06, 07 e 09 de março, às 20 horas) e Podcasts (dia 10, às 20 horas).

A Lei Aldir Blanc é uma iniciativa do Governo Federal que, em Araraquara, conta com o suporte da Prefeitura de Araraquara – por meio da Secretaria Municipal de Cultura e do FUNDOARA.

CONFIRA AS APRESENTAÇÕES DESTE SÁBADO

“De volta aos 80’ ” – Banda Quatro Sentidos  

A banda quatro sentidos convida os ouvintes a uma viagem aos anos 80, com músicas pop e temas de filmes que marcaram a época. Com Deivão (voz e guitarra), Zuia (voz e bateria), Vitor (voz e teclado) e Tiago (baixo), a banda abusa dos arranjos vocais para trazer uma experiência marcante em suas apresentações. 

“Homenagem a Chico e Paulinho” – Eloi Brito 

A apresentação traz a obra desses dois grandes nomes da música popular brasileira e do samba, em forma de música instrumental, valorizando o que têm de mais rico nas composições desses artistas. A homenagem é para toda contribuição que a música desses dois sambistas proporcionou para cultura brasileira de modo geral, percorrendo diversos gêneros como, choro, samba, bossa nova, entre outros. Eloi Brito no Bandolim de 10 é o responsável pela execução refinada e atenta aos detalhes das obras, buscando na música instrumental interpretar de forma fiel e impactante.                    

“Música pelo Mundo” – Junior Karegato 

“Música pelo Mundo” tem como proposta principal demonstrar de uma maneira prática a possibilidade de juntar músicos de diferentes países com suas respectivas culturas a conexão musical sem perder suas raízes. 

“Um Sopro de Vida” – Rodrigo Rocha e Guilherme Furlan 

“Um Sopro de Vida” conta a história de Salvador Dias, um homem que passa por um novo método de liberdade condicional durante sete dias, onde nesse período desenvolve uma estranha amizade com um balão, o Amarelo. Juntos, passam por situações da vida, vivenciando sentimentos e aprendendo um com o outro. Rodrigo Rocha incorpora Salvador nesta obra, que tem Guilherme Furlan como diretor.

“Artistas Pretos da MPB”(acústico) – Fyaman 

O repertório do acústico é constituído apenas por canções populares afro-brasileiras, com o intuito de embasamento popular no que se refere a identidade dos artistas pretos de maior notabilidade nacional, visando incentivar artistas emergentes através da representatividade e enriquecimento cultural. Apesar dos avanços que a comunidade afro-brasileira vem conquistando, a arte continua sendo privilégio das camadas sociais elitizadas, por isso se faz à urgência de haver cada vez mais pessoas pretas ocupando os espaços públicos e redes sociais. A representatividade têm sido uma das melhores ferramentas de amparo a políticas de igualdade racial, portanto, é muito relevante que a grandeza desses artistas seja publicitada para que os jovens artistas da nossa comunidade, tenham essa referência.

“Cantinho de Mãe” – Shriley Castro  

A cantora Shirley Castro apresenta um pequeno panorama das músicas folclóricas infantis. 

“A Olho Nu” – Luzinete Silva 

“A Olho Nu” é o nome dado a um trabalho que questiona: como você pretende ver as coisas a partir de agora? Convidamos o espectador através dos corpos dançantes, mergulhar junto obra e direcionar seu olhar a um, entre muitos lugares possíveis de afetos que permitem ressignificar nossas vidas, partir de um encontro com seu novo jeito de estar no mundo, que se configura dia a dia e que nos permite enxergar o que se apresenta na superfície dos nossos olhares.

“Ritos Matrimoniais de Passagem”- Coletivo Cigarraiada 

“Ritos matrimoniais de passagem” é uma encenação artística baseada na releitura do texto “O casamento do pequeno burguês”, texto de 1919 de Bertolt Brecht. A obra é um clássico teatral, narrando a história de uma festa de casamento onde tudo se desmorona. Podemos agora vivenciar esse espetáculo que questiona as relações humanas, através desta apresentação e revisitação proposta pelo grupo, que busca atualizar a discussão trazida pelo dramaturgo alemão à luz de reflexões contemporâneas. Integrantes: Lazuli, Lígia Maria, Vitor Matheus e Vitorugo.

“Tramas Têxteis e Textuais: um Corpo para a Memória”- Fernanda de Cássia Ribeiro 

A utilização do bordado durante a performance cria novas relações estéticas e emocionais com o texto enunciado. O processo imersivo da ação poética proposta, ponto a ponto constrói uma imagem que materializa e traduz vivências do corpo da artista permeadas por questões do feminino e as violências que esse corpo guarda. O universo dos fios nos convida a vivenciar outro tempo, mais lento, em que o fazer, desfazer e refazer está sempre presente. Ele convoca uma construção intima e contínua. Assim, este projeto, que utiliza a linha como metáfora, pretende narrar um fragmento de memória que habita o corpo da artista, materializado por meio dos fios que tecem o texto, sobre a trama têxtil de sua veste.

“Afrokit”- Allydi e Fulô 

Afrokit” apresenta versões inéditas de “Enrosco”, “Lixo” e “Me chamou pra deixar”, músicas lançadas em novembro de 2019 no EP ALLYDI, que exteriorizam amor, ódio e abandono, trazendo traços da personalidade da artista, por vezes com ironia e humor e outras com a densidade que a música pede. Apresenta ainda versões remixadas de canções que ficaram consagradas nas vozes de grandes nomes da música preta brasileira e internacional. O trabalho e estudo com R&B, soul, jazz, blues, e pop que deu origem ao EP com roupagem muito influenciada pela música brasileira contemporânea, neste projeto incrementa- se com elementos de trapgrimedub e funk através de sonoridades desenvolvidas pelo Beatmaker e produtor musical Fulô.

SERVIÇO: 

Festival Aldir Blanc – apresentações em diferentes linguagens artísticas

Local: Canal da Prefeitura de Araraquara no YouTube

Data: sábado (27 de fevereiro)

Horário: a partir das 20 horas

Grátis