Longe dos palcos há mais de um ano por conta da pandemia de COVID-19, o renomado instrumentista araraquarense Carrapicho Rangel chega a sua quarta década de vida neste sábado (12/06) com um novo desafio: se reinventar.
Acostumado a viajar o mundo ao lado de seu bandolim, cavaco, ou mesmo o violão, o músico fez uso do jargão #fiqueemcasa como uma nova possibilidade dentro de sua carreira: intensificar o seu já requisitado viés como professor.
Com o advento das plataformas de transmissão via internet, ele pode ir além dos limites da sua escola, ensinando alunos no mundo inteior. “Em momentos como este, o melhor a fazer é dar um passo a frente e olhar as possibilidades que o mundo nos oferece e nos especializarmos ainda mais”, comenta.
Para tal, Carrapicho criou o Método de Modificações Momentâneas, no qual visa auxiliar cavaquinistas comuns a desenvolverem e aperfeiçoarem as técnicas de improvisação e domínio sobre a harmonia da músicas.
“A consequência desse aprendizado é que o músico passa a ter uma assinatura exclusiva e um jeito de tocar único e marcante, se descolando de padrões pré-estabelecido pelos intérpretes originais das músicas. Para mais informações sobre o curso, acesse este link“, pontua.
A VIDA CONTINUA
É fato que, todo mundo, de alguma maneira, sentiu ou sentirá os impactos da pandemia, mas, para Carrapicho ficar se lamentando e esperando o momento em que tudo, teoricamente, voltará ao “normal” não é exatamente a melhor opção.
“Estar preparado para oportunidades que antes não teríamos e mudar a nossa própria realidade e o ponto de partida está na nossa própria transformação. As melhores oportunidades sempre estarão disponíveis para quem estiver mais preparado para aproveitá-las”, comenta.
Primeiro instrumentista a se formar em bandolim no Conservatório de Tatuí, Carrapicho começou no meio da música ainda criança, aos 7 anos. Hoje, além de professor, é referência no instrumento no Brasil todo, tendo como grandes mestres Hamilton de Holanda, Chico Buarque, Fundo de Quintal, entre outros. Já fez turnês e workshops no exterior e também lançou sete discos. Atualmente, faz parte fixa da banda do músico Sandamí (ex-Sambô).
Em 2019, foi homenageado pela Pointé Cia de Dança – projeto sociocultural do portfólio de ações do Núcleo de Artes Culturais (braço artístico do Instituto Fábrica de Vencedor) – com o espetáculo “Nas Cordas do Meu Bandolim”, que fez um passeio por detalhes de sua carreira.
(Por Matheus Vieira)