O I Delas Festival, que evidencia e fortalece o protagonismo feminino, começa nesta sexta-feira, 06 de dezembro, na antiga Estação Ferroviária de Araraquara, com entrada gratuita e aberta a todos os interessados. A programação se estende até o sábado (07), reunindo shows de bandas autorais, intervenções artísticas, exposição de artes visuais, documentário, oficina de fanzine e ancestralidade e roda de conversa.
O Festival surgiu a fim de priorizar, valorizar e fomentar a presença de mulheres em todas as etapas de sua produção e apresentação e terá início na sexta-feira, às 19 horas, contando com a exibição do documentário “Feito por Elas – O Rock Feminino e Feminista na cidade de São Paulo”, com direção de Bárbara Ramona e Vanessa Pereira. Os 34 minutos do documentário visam estimular a reflexão crítica feminista que favoreça a emancipação das mulheres através da música.
Também, a exposição de Artes Visuais “Por um feminismo erótico” – com as artistas convidadas: Liz Under, Leila Penteado, Laura do Lago, Vita Pereira e Isabela Rudge – é uma das atrações da abertura, abordando o tema a fim de re-erotizar os corpos e a natureza, ampliando os espaços de sexualidade para além das próprias identidades e corpos. Fotografia, graffiti, lambe-lambe integram a exposição. Vale destacar o trabalho da fotógrafa Leila Penteado, com lambes em homenagem ao Movimento Riot Grrrrl. Seu trabalho mescla frases e desenhos de mulheres icônicas que criaram e inspiraram a cena punk feminista e underground nos anos 90.
Na sequência, a partir das 20 horas, haverá um Pocket Show com as cantoras Lígia Maria e Ras Nala Suê, trazendo um trabalho autoral. Mesclando performance e música, elas contam suas histórias, num espetáculo em busca de reconhecimento pelo sagrado e profano e pela vivência do corpo-mulher em suas trajetórias.
A DJ Roze, do Coletivo Tocaya, toca das 20h45 até meia-noite, trazendo á tona um set-list com vozes de “mulheres poderosas”. Ritmos dançantes e sons eletrônicos, do popular ao obscuro, do regional ao punk, para vibrar o coração de quem estiver na pista!
Ainda, por volta das 22h30, a artista Vita Pereira apresenta a performance “Trava gira”, trazendo a ressignificação de cânticos gospel e pontos de macumba. Neste “Processo de cura”, a multiartista e travesti Vita Pereira, gargalha contra o “cis-tema”.
