O último dia do FIDA – Festival Internacional de Dança de Araraquara será marcado pela pauta indígena, com debates contra o Marco Temporal, tese que demarca as terras indígenas do país. Duas lives com lideranças indígenas serão realizadas a partir das 18 horas, incluindo a participação do pensador e filósofo Ailton Krenak.
Os líderes indígenas Tiago Nhandewa e David Terena participam da primeira live do programa: “Cosmogonias indígenas – FIDA na luta com os povos indígenas contra o Marco Temporal”, às 18 horas, com mediação de Rosana Silva; na sequência, o festival recebe Ailton Krenak, às 19 horas, para a live “Cosmopercepções Culturais sobre a Importância de Dançar e Cantar para Sustentar o Céu”, com mediação da curadora do FIDA, Gilsamara Moura.
Esta programação do último dia, também chamada de “FIDA contra o Marco Temporal”, traz mesas de pensamentos que se associam, porque trazem lideranças indígenas “para termos a consciência de que não estamos separados dessa luta. O território brasileiro é um território indígena. Por que tivemos essa separação? Aprendemos de forma preconceituosa a nossa própria história. Esses líderes trarão as suas próprias lutas, mas a dança e o canto desses povos, são fundamentais para nós que fazemos dança na contemporaneidade”, alerta Gilsamara.
Após as mesas haverá a exibição do vídeo performance “Mãos Talhadas” – um filme de Aline Fátima e direção de fotografia de Paulo César Lima. Geraldo Gonçalves Viana é um artista escultor de madeira mineiro que há anos trabalha e expõe seus trabalhos na Av. Paulista, ao lado do Masp. Apesar de suas notórias habilidade e estética, e de permanecer ao lado (de fora) de um dos maiores museus de arte do país, Geraldo vive em uma barraca, ali mesmo.
(Da reportagem)