A cantora e atriz araraquarense Liniker (27) não para de fazer de história. Nesta quinta, ela foi a vencedora do “Melhor álbum de música popular Brasileira” na edição deste ano do Grammy Latino, realizado na cidade de Las Vegas, no EUA. Por consequência, a artista se tornou a primeira transgênero a levar para casa o gramafone de ouro.
A congratulação foi concedida ao seu mais novo disco, “Indigo Borboleta Anil”. Na mesma categoria, concorriam nomes consagrados, como João Donato e Jards Macalé (“Síntese do Lance”), Ney Matogrosso (“Nu com a Minha Música”), Marisa Monte (Portas) e Caetano Veloso (“Meu Coco”).
Em seu discurso de agradecimento, disponível no Twitter do Grammy, indagou: “Hoje algo histórico acontece para a história do meu país: é a primeira vez que uma artista trans ganha um Grammy! Quero agradecer a equipe que está comigo desde o início, sonhando junto. Muito obrigada a todos vocês! Estou muito feliz, façam barulho!”, pediu falando em inglês no final.
É importante pontuar que a primeira artista trans a vencer um Grammy foi Wendy Carlos, que levou três estatuetas em 1969. Apesar do gênero feminino desde a infância, ela teve medo de se apresentar como mulher e usou o nome artístico Walter Carlos até 1975.
Primeiro álbum solo da araraquarense, “Indigo Borboleta Anil” apresenta um balaio de elementos sonoros que transitam entre a black music, o reggae, R&B e a MPB. Sua discografia inclui, ainda, os discos “Cru”, “Remonta e Goela abaixo” (indicado ao Grammy Latino), estes gravados entre 2015 e 2019 com a banda Liniker e os Caramelows.
Em paralelo a música, sua carreira na telinha continua rendendo bom frutos, afinal, ‘Manhãs de Setembro, série protagonizada por ela, foi renovada pela Amazon Prime para mais uma temporada exibição.
(Por Matheus Vieira)
