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Oscar 2021: Cineasta araraquarense analisa formato, perspectivas e premiações

"Era de se esperar que a Academia premiasse uma grande quantidade de filmes, justamente para permitir um impulso na economia", comenta Guilherme Bonini

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Anthony Hopkins levou o Oscar de Melhor Ator por atuação em 'Meu Pai'. "Uma surpresa", comenta Bonini. (Foto: DIvulgação)

Segundo o renomado cineasta araraquarense Guilherme Bonini, a cerimônia do Oscar 2021, ontem, em Los Angeles e Nova Iorque, nos Estados Unidos, foi direta e objetiva – lembrando que, diferentemente do ano passado, a transmissão foi híbrida. Todas essas adaptações atendem às exigências de contenção do novo coronavírus.

“O glamour foi intimista, fato que me agradou. Essa edição também apresentou reformulações, como as categorias de mixagem de som e edição de som, agora resumidas como Melhor Som. Outra novidade foi o anúncio de Melhor Filme, realizado antes da entrega das estatuetas de melhor atriz e ator”, conta em exclusiva ao Portal RCIA.

Ainda de acordo com Bonini, o fato da indústria cinematográfica viver um momento delicado, era de se esperar que a academia premiasse uma grande quantidade de filmes, justamente para permitir um impulso na economia em relação a distribuição tanto no cinema, quanto em vias de mídias de exibição, sejam dos próprios estúdios ou mesmo streamings.

O renomado cineasta araraquarense Guilherme Bonini. (Foto: Divulgação)

“Tudo isso potencializa futuras produções e investimentos dos mesmos. Resta agora a esperar uma reestruturação para uma nova safra de belíssimos filmes para a encantadora experiência dentro da sala escuro. E, quem sabe, assim, o retorno da premiação através do glamour Hollywoodiano”,  finaliza.

PINCELADAS

Entre os premiados da noite, o cineasta pontua o Oscar de Melhor ator para Anthony Hopkins, protagonista de “Meu Pai”, como uma surpresa.

“Previa-se que a academia homenageasse Chadwick Boseman devido ao seu falecimento e todo seu empenho na carreira, porém, merecidamente, Hopkins se torna o ator mais velho a receber a condecoração”, analisa.“Meu Pai” também venceu Roteiro Original. “Premiação mais segura possível, já que numa divisão mais ou menos igualitária, teria destaque entre todos os concorrentes”, completa.

“O Som do Silêncio”, vencedor dos Oscars de Melhor Som e Montagem, também ganha destaque aos olhos de Bonini. “Tecnicamente, é uma obra-prima, pois conduz o espectador para dentro do personagem”, comenta.

O Som do Silêncio, de Darius Marder (Foto: Divulgação)

Sobre, “Nomadland”, grande premiado da noite com o Oscar de Melhor Filme, Bonini destaca a atuação de Frances MacDormand – também vencedora como Melhor Atriz. “Seu empenho aprofundado na personagem foi incrível”, completa.

Por fim, Guilherme Bonini ressalta o Oscar de Melhor Direção, entregue para Chloé Zhao, também de Nomadland. “Isso quebra a tradição de uma figura masculina de uma forma digna e de muito respeito. Trabalho minucioso e impecável”, finaliza.

(Por Matheus Vieira)