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Pintado por um louco há quase 130 anos, “O Grito” tem seu mistério desvendado

Obra do artista norueguês Edvard Munch representa a expressão da ansiedade humana

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A obra passou por conservação em preparação para sua instalação no novo museu, que deve ser inaugurado na capital norueguesa no próximo ano

A inscrição encontrada no quadro “O Grito” em 1904, tida como ato de vandalismo à época, teve seu mistério desvendado quase 130 anos depois da tela ter sido pintada pelo artista norueguês Edvard Munch (Løten, 1863 – Skøyen, 1944). A informação foi divulgada nesta semana pelo Museu Nacional da Noruega, que garantiu que a frase encontrada no canto superior esquerdo da obra, escritas a lápis, não foi vandalismo e sim uma intervenção feita pelo próprio artista.

“Só pode ter sido pintado por um louco” diz a mensagem na tela mais famosa do artista, pintada em 1893. O Museu Nacional de Arte, Arquitetura e Desenho da Noruega anunciou que a autoria da anotação foi revelada após pesquisas e exames feitos enquanto a pintura estava sendo restaurada para sua instalação no novo museu, que deve ser inaugurado na capital norueguesa no próximo ano.

A obra, que representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero, tornou-se uma expressão atemporal da ansiedade humana. O plano de fundo é a doca do fiorde de Oslo (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu status de ícone cultural, como a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci.