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Projeto “Do 13 ao 20 – (RE) existência do povo negro” chega à Araraquara

(Re)Existência do povo negro, que objetiva o fortalecimento e o reconhecimento da cultura negra, bem como o fomento à convivência e o respeito pelas diferenças

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Banda Bola de Meia e Jônatas Petróleo integram a programação com show que homenageia a obra do cantor Noriel Vilela, figura importante para a cultura Negra De 13 de maio a 20 de novembro, a partir de datas que marcam o calendário nacional, o Sesc São Paulo realiza o ciclo de atividades Do 13 ao 20 – (Re)Existência do povo negro, que objetiva o fortalecimento e o reconhecimento da cultura negra, bem como o fomento à convivência e o respeito pelas diferenças, com o intuito de refletir sobre a construção das identidades e valorizar a pluralidade de manifestações e expressões culturais.

Ao longo de 7 meses, todas as unidades do estado oferecem ações artísticas, reflexivas, experimentais e formativas que abordam as lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro. Em Araraquara, o show “Saravando Noriel Vilela”, com a banda Bola de Meia e o cantor e compositor paulistano Jônatas Petróleo, integram esta programação, apresentando a obra desta figura importantíssima para a cultura Negra, e incluem ainda no repertório canções de amigos e parceiros de Noriel e de igual representatividade e importância para a cultura Negra como a cantora Geovana, o cantor Branca di Neve, Itamar Assumpção entre outros nomes. O show será no próximo domingo (1º/9), a partir das 20 horas, com entrada gratuita.

O dia 13 de maio de 1888 marca a Lei Imperial nº 3.353 que sancionou a extinção do sistema de produção escravista no Brasil, porém não previu nenhuma medida que garantisse emprego, educação e meios de sobrevivência para os ex-escravizados libertos. Dia 20 de novembro é a data da morte de Zumbi dos Palmares, ocorrida em 1695, e marca a celebração de todos os palmarinos, sua capacidade de organização, planejamento, luta e solidariedade aos negros e não negros. Em 2003, com a aprovação da Lei 10.639, que instituiu o ensino da História e Cultura Afro-Brasileiras nas escolas, a data foi incluída no calendário escolar como o Dia Nacional da Consciência Negra.

A Banda Bola de Meia é formada por Gustavo Sato (baixo e voz), Paulinho Preto (guitarra), Dodô Silva (bateria e voz), Fábio Leandro (teclado e voz), Barba Marques (percussão e voz). Jônatas Petróleo é filho do sambista Petróleo, faz parte da comunidade “Samba da vela”, movimento cultural conhecido por ter uma vela no centro da roda. Pelas suas apresentações, foi convidado para participar das gravações de CDs do projeto e também de grandes sambistas. Desde 2004, integra o projeto social Zumaluma, onde dá aulas de cavaquinho e criou a biblioteca comunitária.

Noriel Vilela em sua obra reverencia as religiões de matriz africana e a cultura negra. Fez carreira como integrante do grupo vocal “Cantores de Ébano”, que teve sucesso nos anos 1950. Em 1964 lançou um EP compacto com quatros canções: “Olhe o telefone”, “Dei ao mar para guardar”, “Faça como eu” e “Canção da felicidade”.

Foi no ano de 1968 que lançou o disco intitulado “Eis o Ôme” todo dedicado ao seu respeito a Umbanda, sem pregação, defendendo a liberdade religiosa que tanto nos falta nos dias de hoje. O álbum se tornou uma pérola do samba e da música brasileira, trazendo consigo a faixa intitulada “16 Toneladas” que virou um grande sucesso na voz do cantor e o projetou ao conhecimento do público.

Durante o período, o ciclo de atividades conta com ações que abordam assuntos como: corpo negro e subjetividades, pluralidade das identidades negras, negritude na arte, juventude e velhice negra, produções intelectuais e culturais negras, racismo estrutural, institucional e social.

Serviço

Show Saravando Noriel Vilela por Banda Bola de Meia e Jônatas Petróleo

Dia: 1º/9, domingo

Horário: 16h

Local: Convivência

Classificação: livre

Grátis, sem retirada de ingressos.