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Sesc Araraquara apresenta nesta quarta-feira (22) “A Solidão Do Feio” com Sidney Kuanza

O ator se debruçou em estudos sobre o romancista desde 2009 e decidiu criar a obra, na tentativa de ampliar a representação do autor, ao sair da biografia comum, que reduz Lima ao homem negro, literato que foi parar no sanatório por problemas com bebida.

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A Solidão do Feio com Sidney Santiago Kuanza

“Quando penso em Lima Barreto, penso em recontar a história de um homem insubmisso, que pensou o seu tempo e o seu país em profundidade”, diz Sidney Santiago Kuanza, que se apresenta nesta quarta-feira (22) no Sesc Araraquara.

Em direção compartilhada com a atriz Gabi Costa, Sidney, cujos estudos sobre o romancista remontam 2009, escolheu ampliar a representação do autor, ao sair da biografia comum, que reduz Lima ao homem negro, literato que foi parar no sanatório por problemas com bebida.

“A Solidão do Feio é o nosso diário aberto de possibilidades para a existência de Lima Barreto. É o nosso e-mail salvo em rascunhos, que sempre que é revisitado, abre uma nova porta”, explica a diretora.

Os ingressos para o espetáculo teatral terão os seguintes preços: R$ 12,00 (credencial plena), R$ 20,00 (meia entrada) e R$ 40,00 (inteira).

SOBRE LIMA BARRETO (1881-1922)

Importante escritor, jornalista e cartógrafo afro-brasileiro. Sua obra está impregnada de fatos históricos e de uma perspectiva negra diante das evoluções e retrocessos políticos do Brasil. A paisagem da escravidão, do racismo estrutural e das desigualdades sempre estiveram em suas páginas.

Lima foi um pensador do seu tempo e de sua terra. Deixou obras célebres da literatura brasileira: “Recordações do escrivão Isaías Caminha” (1909), “Triste Fim de Policarpo Quaresma” (1911), “Clara dos Anjos” (1948), “Cemitério dos Vivos” entre outras.

SOBRE O PROJETO

“A Solidão do Feio” é parte de um projeto acerca dos estudos e reflexões sobre as masculinidades negras, que desde 2014, pesquisa os impactos do racismo na psique, afetividade e subjetividade de homens negros. O monólogo integra uma trilogia intitulada “Masculinidade & Negritude”, que leva o legado político, artísticos e cultural de homens negros aos palcos. Assim como Lima Barreto, figura de grande contribuição para a literatura e jornalismo nacionais, João Francisco dos Santos (Madame Satã), e Benjamim de Oliveira são os nomes escolhidos desta cartografia.