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Araraquara já tem quase 100 casos de doença que ataca crianças com até 5 anos

Números mostram queda em relação aos índices do ano passado, mas a doença “mão-pé-boca” prolifera no outono; especialistas da Saúde em nossa cidade fazem previsão de aumento pois a estação está apenas começando.

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Em Araraquara já são 100 casos, mas o outono só está começando

Embora esteja em queda em Araraquara, comparando-se os números deste e do ano passado, uma doença chamada mão-pé-boca de característica contagiosa, causada por um vírus e sazonal passa a preocupar os profissionais da Saúde, dada a facilidade de ser transmitida no outono.

Em relação ao ano passado, Araraquara teve uma redução de quase 75%, mas são já 95 casos e estamos começando o outono, sendo ela mais freqüente em crianças de até cinco anos. A doença já está em todos os pontos do Estado. Entre janeiro e março deste ano, o estado de São Paulo registrou 391 casos da doença mão-pé-boca. Isso representou aumento de 149% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

Segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, o número de casos da doença em 2023 já é maior ao que foi registrado em todo o ano de 2022, quando houve 385 notificações. E deve crescer ainda mais pela sua característica, o outono e cuja transmissão ocorre por meio de secreções de vias aéreas, gotículas de saliva, via fecal-oral e pelo contato com lesões.

O vírus que provoca a doença habita o sistema digestivo

Para evitar a doença é necessário medidas básicas de higiene como lavar bem as mãos e evitar aglomerações. Também é necessário não compartilhar objetos e higienizar os itens de uso pessoal e do ambiente com solução de álcool etílico 70% ou solução clorada. A secretaria orienta que os pais mantenham as crianças doentes em casa, evitando que ela frequente a creche por cerca de sete dias ou até que as lesões de pele tenham desaparecido.

VÍRUS

Não há tratamento para a doença. O uso de analgésicos, antitérmicos e hidratação pode auxiliar na recuperação, que poder durar entre sete e dez dias, segundo a secretaria.

O vírus que provoca a doença habita o sistema digestivo e pode provocar estomatites, uma espécie de afta. Os sintomas estão associados a febre alta nos primeiros dias e, depois, pequenas bolhas nas mãos e nas plantas dos pés, além de manchas vermelhas na boca, amídalas e faringe. Outros sintomas são: vômitos e diarreia, além de dificuldade para engolir e muita salivação.

“Geralmente, como ocorre em outras infecções por vírus, a doença regride espontaneamente após alguns dias. Não existe vacina contra esta doença, portanto na maior parte dos casos tratam-se apenas os sintomas”, explicou Helmar Abreu Rocha Verlangieri, infectologista infantil do Hospital Darcy Vargas, por meio de nota.

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