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Araraquara mantém crescimento nas exportações e saldo positivo da balança, mesmo com déficit estadual

Enquanto o estado de São Paulo registrou déficit comercial até setembro, a regional de Araraquara do Ciesp manteve avanço nas exportações e fechou com superávit de US$ 727 milhões.

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O desempenho da região de Araraquara contrasta com o cenário estadual

A regional de Araraquara do Ciesp registrou exportações de US$ 1,8 bilhão no acumulado de janeiro a setembro de 2025, crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações somaram US$ 1,08 bilhão, alta de 31,9%. Com isso, o saldo da balança comercial regional permaneceu positivo, alcançando US$ 727 milhões.

O desempenho contrasta com o cenário estadual. No mesmo período, São Paulo registrou exportações praticamente estáveis (+0,4%) e forte alta nas importações (+15,6%), o que resultou em um déficit de US$ 591 milhões na balança comercial. Além disso, diversas diretorias regionais apresentaram retração nas vendas externas, reforçando a resiliência de Araraquara no comércio internacional.

“O resultado positivo da balança comercial de Araraquara demonstra a força e a diversidade da nossa indústria, que tem conseguido ampliar mercados e manter competitividade mesmo diante de um cenário estadual de retração. Esse desempenho reforça a importância de seguirmos apoiando as empresas locais com inovação, capacitação e estímulo à internacionalização”, destaca Bruno Franco Naddeo, diretor regional do Ciesp Araraquara.

Os principais produtos exportados pela regional foram aeronaves e aparelhos espaciais (36,7%), preparações de produtos hortícolas (29,3%) e açúcares e confeitaria (11,3%). Do lado das importações, destacaram-se máquinas e instrumentos mecânicos (35,4%), aeronaves e aparelhos espaciais (25,9%) e máquinas e materiais elétricos (11,9%).

MERCADOS

O desempenho de setembro também revela mudanças no fluxo internacional. Em agosto, os principais destinos das exportações foram EUA (40,3%), Holanda (14%) e Portugal (10,9%). No mês seguinte, os EUA mantiveram a liderança (40,8%), mas a Holanda perdeu espaço (-14,3%), enquanto a China (+98,6%) e Portugal (+38,6%) avançaram de forma significativa.

No caso das importações, em agosto os principais fornecedores foram EUA (51,3%), Portugal (10,2%) e China (6,2%). Em setembro, os EUA seguiram na liderança (50,9%), com maior peso absoluto (US$ 543 milhões). Portugal e China mantiveram crescimento, reforçando a dependência da indústria regional desses parceiros.