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Araraquarenses pelo Mundo: Ignácio de Loyola Brandão 

No mês em que Araraquara completa 205 anos, a Câmara de Araraquara preparou um especial com pessoas nascidas na cidade que fazem história

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Ignácio de Loyola Brandão durante sua posse na Academia Brasileira de Letras

Em comemoração ao aniversário da cidade, a TV Câmara preparou a série: “Araraquara 205 anos: Araraquarenses pelo Mundo!”

O especial contará, em cada episódio, a trajetória de araraquarenses que ajudam a construir a história da cidade e já foram reconhecidos dentro e fora das fronteiras do município e, até mesmo, do país.

O primeiro episódio apresenta a história do escritor imortal Ignácio de Loyola Brandão.

Das carteiras do antigo Externato São José à cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras. O escritor e agora imortal Ignácio de Loyola Brandão foi quem eternizou a memória de Araraquara em romance e descreveu, em saborosa crônica, as coxinhas douradas de Bueno de Andrada, elevando o distrito à categoria de atração turística gastronômica.

Filho de ferroviário, Loyola nasceu em Araraquara, em 1936. Foi o pai o primeiro a lhe impressionar com as palavras. Depois vieram as professoras Lourdes e Ruth, e já crescido, com seus 16 anos, o domínio da escrita foi o ingresso gratuito para as sessões de filmes que não podia pagar, quando se tornou crítico de cinema do extinto semanário “Folha Ferroviária”, passando em seguida para o diário “O Imparcial”.

Aos 21 anos, mudou-se para São Paulo, passando pelas redações dos jornais “Última Hora”, “Estado de São Paulo” e das revistas “Cláudia”, “Realidade”, “Setenta”, “Planeta”, “Ciência e Vida”, “Lui” e “Vogue”.

Jornalista, romancista e escritor, seu primeiro livro foi “Depois do Sol”, em 1965. Desde então, nunca mais parou. São mais de 40 obras publicadas, entre relatos de viagens, romances, contos, crônicas, infanto-juvenis e peças de teatro, traduzidos para diversos idiomas.

Entre seus livros mais conhecidos estão o polêmico “Zero”, proibido nos tempos da ditadura militar, “Não Verás País Nenhum”, “Bebel Que a Cidade Comeu”, “O Beijo Não Vem da Boca” e “O Anônimo Célebre”.

Com “O Menino Que Vendia Palavras”, ganhou o Prêmio Fundação Biblioteca Nacional como Melhor Infantil de 2007 e, em 2008, o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção. Em 2016, o escritor recebeu o Prêmio Machado de Assis pelo Conjunto da Obra, conferido pela Academia Brasileira de Letras.

Com uma leitura ímpar da realidade brasileira e uma imaginação que permeia, ao mesmo tempo, o real e o absurdo, em 2019, Ignácio de Loyola Brandão, aos 83 anos, passou a ser o primeiro araraquarense a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, tornando-se, então, o nosso imortal.

Confira o vídeo: