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Através da rede de esgoto, Araraquara quer mapear e identificar carga viral

Análise em 50 pontos de visita da rede de esgoto do município irá identificar onde a carga viral do coronavírus está mais presente, facilitando as ações de bloqueio da Vigilância Epidemiológica

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Nesta segunda-feira começou a coleta de amostras em 50 pontos da rede de esgoto em Araraquara

A Prefeitura e o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos), em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp Araraquara, estão iniciando uma nova medida para o controle da Covid-19 no município.

O novo método irá analisar, semanalmente, a presença do coronavírus em 50 postos de visita da rede de esgoto de Araraquara, espalhados por todas as regiões da cidade. O objetivo é verificar quais locais estão com maior carga viral, facilitando as ações de enfrentamento da pandemia por parte da Vigilância Epidemiológica.

O projeto piloto começou nesta terça-feira (6) no antigo Pronto-Socorro do Melhado (atual unidade de retaguarda) e no Hospital da Solidariedade, o hospital de campanha para casos da Covid-19. Esses foram os primeiros locais com material coletado para análise da Unesp.

“Com esse monitoramento, nós teremos condições de saber quais as regiões de Araraquara que estão com a curva da carga viral alterada. Saberemos como está a doença em cada região de Araraquara e teremos condições de tomar medidas em relação a cada região. Agradeço muito à Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, que tem sido uma grande parceira no enfrentamento da pandemia”, disse o prefeito Edinho durante a visita.

A coordenadora extraordinária de Ações de Combate à Covid-19, Fabiana Araújo, explica que a nova ação é uma forma de vigilância territorial da presença do coronavírus.

“As pessoas doentes eliminam o vírus na urina e nas fezes. A presença do vírus no esgoto já foi encontrada em outros locais e até usada para alguns estudos e sequenciamento. A gente vai avaliar e ver se será preciso adotar alguma estratégia diferenciada”, afirmou a coordenadora.

Fabiana ressalta que a nova iniciativa não significa que exista transmissão do coronavírus pelo esgoto. “O tratamento de esgoto é suficiente para eliminar o vírus. A gente só quer mapear e somar mais uma informação às que a gente já tem”, concluiu.

O superintendente do Daae, Donizete Simioni, destaca que toda a equipe da autarquia está à disposição da Prefeitura para esse projeto. “Nós identificamos 50 pontos estratégicos de coleta de esgoto, regionalizando a cidade. O Daae está oferecendo apoio logístico a toda a equipe de Saúde para que a gente tenha mais essa possibilidade de identificação do vírus. Estamos juntando esforços para vencer a pandemia”, declarou.

As primeiras coletas no Pronto-Socorro do Melhado e no Hospital da Solidariedade também foram acompanhadas pela secretária municipal de Saúde, Eliana Honain; pela gerente de Tratamento de Água e Esgotos do Daae, Renata Lombardi; pelo gerente de Redes do Daae, Antônio de Souza Freitas Junior; além de outros servidores da autarquia.