O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (09/09) durante live que “não tem nada demais” na nota enviada mais cedo na qual recua dos ataques proferidos durante manifestações do 7 de Setembro. O chefe do Executivo relatou que ligou para o ex-presidente Michel Temer para se aconselhar e confeccionaram juntos o documento divulgado.
“De imediato, por volta das 15h publicamos a nota e a Bolsa subiu. E, geralmente quando soube a Bolsa, o dólar cai, o dólar caiu praticamente 2%. Espero que continue caindo amanhã. Queriam que respondesse Fux, que fez uma nota dura, sim. Me criticou. Usou da palavra Lira, Aras e alguns do meu lado, alguns poucos com discurso pronto: “tem que bater, reagir”. Calma, amanhã a gente fala. Deixa acalmar amanhã. Nós temos que dar exemplo aqui em Brasília”, disse.
De acordo com Bolsonaro, a resposta dada foi a de que está pronto para o diálogo com os demais poderes. “Por mais que eu ache que você está fazendo a coisa errada ou eu, dá um tempo. Deixa acalmar um pouquinho. Comecei a preparar uma nota. Eu telefonei ontem à noite para Temer. Falei com ele hoje de manhã novamente ele veio para Brasília em dois momentos conversou comigo pouco mais de uma hora. Ele colaborou com algumas coisas na nota. Eu concordei. Não tem nada demais ali. Eu acho que eu dei ali a resposta é o seguinte: eu estou pronto para conversar. Por mais problemas que tenha com Lira, Pacheco, Fux, Barroso. Tenho que conversar com Barroso ainda que hoje ele desceu o cacete em mim. Todo mundo quer transparência Barroso. Acho que quem apresenta proposta para o nosso trabalho ser melhor tem que ser elogiado e não criticado”, acrescentou.
Bolsonaro alegou que o retrato das manifestações servirá para que, em especial, na Praça dos Três Poderes ocorra uma mudança no modo de agir e negou ter atacado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Reiterei meus respeito às instituições. Você pode brigar com ministro do STF, com senador, mas não com o senado, com o STF. E tenho certeza que bons frutos aparecerão nos próximos dias. Dá um tempo, dá um tempo. Alguns estão descendo a lenha em mim é natural. Paciência, não vou trabalhando buscando uma reeleição como alguns acham”, justificou.
BARROSO
Bolsonaro voltou a defender o voto impresso e a alfinetar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF, Luís Roberto Barroso que fez um pronunciamento nesta quinta-feira (9) no qual o chamou de farsante e disse que o país é motivo de chacota mundial.
“Eu acredito que tive muito mais voto do que os 57 milhões que estavam ali. Eu vi uma notícia do senhor ministro Barroso, dizendo que está aperfeiçoando o sistema eleitoral. Barroso, se está aperfeiçoando é porque tinha brecha”.
Por fim, ele apontou que as palavras bonitas do magistrado “não convencem ninguém”.