Home Agronegócio

Cana: nova estimativa de safra da Conab aponta queda de 1% e moagem de 572,9 mi/ton

De acordo com o documento, os agricultores deverão colher nesta safra 70.484 quilos por hectares colhidos. No ciclo de 2021/22, a produtividade esteve estimada em 69.355 quilos por hectare.

79
A produção de açúcar deve cair de 34,94 mi/ton estimados anteriormente, para 33,89 mi/ton

A Conab – Companhia Nacional de Abastecimento soltou nesta sexta-feira (19) uma nova estimativa da safra de cana-de-açúcar no Brasil. Esta é a segunda estimativa da Companhia. Pelos números apresentados, comparando-se ao estudo anterior, a Conab prevê uma queda de 1% na produção de cana-de-açúcar no País, estimando uma safra de 572,9 milhões de toneladas, nas regiões Centro-Sul e Norte-Nordeste, uma redução de quase 6 milhões de toneladas no comparativo.

O relatório, no entanto, mostra que a produtividade da atual safra de cana-de-açúcar começa a mostrar recuperação, após dois ciclos de adversidades climáticas. “O aumento de 1,6% na média nacional no rendimento das lavouras do país é um contraponto para a redução de 2,6% na área de cultivo”, apontaram os analistas da Conab.

Ainda segundo os técnicos da Conab, “se na temporada 2020/21 o desenvolvimento da cultura foi influenciado pela falta de chuvas e no ciclo 2021/22, além da estiagem, foram registradas fortes geadas em importantes regiões produtoras, na safra 2022/23 as condições climáticas foram mais favoráveis”.

De acordo com o documento, os agricultores deverão colher nesta safra 70.484 quilos por hectares colhidos. No ciclo de 2021/22, a produtividade esteve estimada em 69.355 quilos por hectare. Já em 2020/21 o desempenho das lavouras ficou em torno de 70.357 quilos por hectare, valor muito próximo ao esperado para a atual temporada, explicou a assessoria da Conab em nota veiculada para a mídia.

Pela nova projeção a Conab ajustou, também, a produção de açúcar e etanol pelas usinas instaladas no Brasil. Segundo os dados, a produção de açúcar deve cair de 34,94 mi/ton estimados anteriormente, para 33,89 mi/ton. Já a produção de etanol total (entre etanol de cana e de milho) subiu de 29,88 bi/litros para 30,35 bi/litros, compensados pela maior produção de etanol de milho, que passou de 3,47 bi/l para 4,52 bi/l, quanto o etanol de cana caiu de 26,4 bi/l para 25,83 bi/l.

MERCADO

Ainda segundo a nota da Conab, a valorização do real frente o dólar e o aumento das incertezas sobre a economia mundial, o que gera preocupação em relação ao consumo e maior volatilidade nos preços, estão entre os motivos que explicam o menor volume exportado de açúcar. De acordo com dados do Ministério da Economia (ME), as exportações brasileiras do produto chegaram a 8,1 milhões de toneladas no acumulado de abril a julho de 2022, redução de 14,6% na comparação com igual período do ciclo anterior. Apesar da queda no volume embarcado, o valor dessas exportações alcançou cerca de US$ 3,2 bilhões, representando um leve aumento de 0,7% na comparação com igual período do ano passado.

“Em relação ao etanol, o Brasil exportou cerca de 607,8 milhões de litros no acumulado dos quatro primeiros meses da safra 2022/23 (abril a julho), segundo o ME. O volume corresponde a uma queda de 10,7% na comparação com igual período da safra passada”, trouxe a Conab.

Acesse o segundo levantamento de safra da Conab Acesse o segundo levantamento de safra da Conab clicando aqui .