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Caso Izquierdo: ‘A importância da avaliação cardiológica no início de uma atividade física’

Falecimento do jovem jogador uruguaio faz alerta sobre cuidados de jovens atletas com seu quadro cardiológico

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O cardiologista cooperado David Chakur Brum

A trágica morte do zagueiro uruguaio Juan Manuel Izquierdo, de 27 anos, dias depois após passar mal em campo em jogo pela Copa Libertadores contra o São Paulo, na capital paulista, chocou o mundo do futebol. Mas o que realmente aconteceu? 

Para falar sobre o assunto a Unimed Araraquara procurou o cardiologista cooperado David Chakur Brum, que nos explicou que o falecimento do atleta ocorreu em detrimento a uma patologia cardiovascular que ele apresentava e não tinha conhecimento. “Mortes súbitas em atletas ocorrem de 1 para 100 mil ou 30 para 1 milhão, essa é a frequência”, comenta.

Entre as cardiopatias, o especialista destaca a hipertrófica, que é a mais frequente, vitimando, por exemplo, o ex-atleta Serginho, do São Caetano, nos 2000. “Quando as pessoas começam a fazer atividade física, seria interessante fazer uma avaliação cardiológica, porque a partir dessa avaliação, a gente consegue identificar um sopro, que é uma pista da patologia e, que com o ecocardiograma, a gente consegue confirmar e orientar o paciente a não praticar exercícios de alto rendimento”, recomenda.

Dr David Chakur Brum faz questão de pontuar que mortes dessa natureza em atletas jovens são diferentes do infarto, patologia que provoca morte súbita, sim, mas numa faixa etária mais tardia, a partir dos 40 anos. 

“O que realmente acomete esses pacientes, esses atletas jovens, a principal é a cardiopatia hipertrófica, seguida dessas outras patologias extremamente raras que também podem ocorrer. Mas a cardiopatia hipertrófica é a principal”, finaliza.