A reportagem publicada pelo RCIA nesta terça-feira (11), afirmando que Araraquara está predestinada a enfrentar problemas com a contaminação do solo e do lençol freático pelo necrochorume em áreas próximas dos cemitérios existentes no município gerou grande preocupação na população.
O rumor da suposta contaminação do Cemitério São Bento em Araraquara surgiu após o Ministério Público do Estado de São Paulo condenar a Prefeitura de Rio Claro a adotar medidas para conter a contaminação do solo e do lençol freático no Cemitério São João Batista por necrochorume, evitando-se riscos ao meio ambiente e à saúde pública. A decisão prevê a elaboração de estudos técnicos e execução de ações preventivas e remediativas.
Com mais de 11 mil jazigos e 110 mil pessoas sepultadas ao longo de 148 anos de existência, de fato o São Bento corre o risco de estar contaminando o solo pela inexistência de análises técnicas que estariam sendo preparadas a partir de agora com o acompanhamento de órgãos fiscalizadores, como a Cetesb.
Nesta quinta-feira (13) a direção do Cemitério Parque dos Lírios demonstrando estar consciente da sua responsabilidade e respeito as questões ambientais em nota explicou que assim se manifesta para esclarecer algumas questões sobre o assunto, evitando conclusões equivocadas.
“O Cemitério Parque dos Lírios conta com 4 poços de monitoramento desde 2009 e que eles passam por frequentes análises de solo e lençol, que demonstram não ocorrer intervenções de contaminação”, argumentou.
Além disso, diz o documento, “a investigação hidrogeológica realizada em nossas dependências concluiu que o cemitério foi construído em região alta e distante do lençol freático, sendo enquadrada como uma área de pouca vulnerabilidade”.
Mais adiante informa que o Parque dos Lírios entende que esse assunto é de extrema importância para toda a sociedade araraquarense e realmente merece muita atenção, por vimos a necessidade de informar a situação em relação ao nosso cemitério.