Após grande quantidade de peixes ter sido encontrada morta às margens do córrego do Ouro na manhã de terça-feira (9/2), próximo à ponte dos Machados, a equipe de fiscalização e licenciamento ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade foi até o local e constatou a ruptura parcial da tubulação de efluentes da Cutrale, causando o despejo de resíduos industriais da empresa nas águas do córrego. A relação entre os dois fatos será apurada pelo Ministério Público do Meio Ambiente.
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da comarca de Araraquara instaurou procedimento para investigar e apurar as causas e as medidas de reparação, indenização e punição criminal para os fatos que causaram o lançamento ‘in natura’ de efluentes no Córrego do Ouro e a mortandade de peixes ocorrida no dia 09/02/2021.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que a empresa responsável enviou, ainda na parte da manhã, uma equipe para fazer o conserto da tubulação e, assim, conteve o lançamento do efluente nas águas do córrego do Ouro. A equipe de fiscalização da Cetesb também compareceu ao local.
A bancada do Patriota na Câmara enviou pedido de averiguação da mortandade de peixes e poluição ambiental ao prefeito Edinho Silva. “Há urgência em investigar os fatos para minimizar os impactos ambientais e apurar responsabilidades”, diz o documento encaminhado ao Executivo.
De acordo com informações passadas à redação da RCIA, os efluentes que foram lançados ao córrego após rompimento da tubulação não seriam poluentes, porém comprometem a oxigenação da água, o que pode ter causado a morte de centenas de peixes, como tilápias, bagres e lambaris.
A Cetesb confirmou que enviou uma equipe técnica na terça-feira ao local e foi constatado “o lançamento irregular de efluentes, no corpo da água, em razão do rompimento da tubulação que encaminha os efluentes líquidos, da empresa Sucocítrico Cutrale, para o Sistema de Tratamento de Resíduos Industriais”.
A Cetesb determinou ainda a imediata paralização da operação da estação de tratamento e a regularização do sistema. Disse ainda que está analisando a penalidade a ser aplicada à empresa.
A reportagem da RCIA também tentou contato com a Cutrale, por meio de sua assessoria de imprensa, mas não foi atendida para responder aos questionamentos.