
Embora o caso ainda não esteja fechado, o delegado Jesus de Nazaré Romão, na entrevista dada nesta quinta-feira (04), antecipou que as investigações sobre a morte de Ana Maria Scarpa, 35 anos, seguem, mas que tudo indica seja por conta de uma crise de ciúmes gerada após o marido – Ronaldo Scarpa – ver a mulher conversar com uma pessoa com a qual não tem simpatia.
A região ficou chocada quando na noite de quarta-feira, Ronaldo e Ana Maria discutiram; na oportunidade ele carregava uma pistola de calibre 6.35 de uso permitido e foi com essa arma que desferiu um tiro mortal contra ela, acertando sua cabeça. A discussão do casal, que segundo o delegado não tem histórico de violência doméstica, está baseada nas declarações feitas pelo pai de Ronaldo, que reside nos fundos do imóvel.
Após cometer o crime, o marido foi até onde se encontrava o pai e contou de forma superficial o que ocorrera; de imediato o pai foi com o filho até onde estava o corpo de Ana Maria, num dos cômodos da casa, mas ela já se encontrava sem vida. Ao ver a arma usada no crime, o pai ainda tentou apanhar, porém o filho não permitiu.
Ao delegado que dirige as investigações, o pai de Ronaldo comentou que – o filho lamentava e dizia ter cometido uma bobagem e de posse da pistola desferiu um tiro na cabeça, buscando tirar a própria vida.
O crime ocorrido no Parque Planalto em Américo Brasiliense causou um choque na população, pois os comerciantes – donos de uma padaria – eram queridos no lugar. O casal tem dois filhos, de 6 e 14 anos, mas não se encontravam em casa por ocasião da triste ocorrência.
Ronaldo, inicialmente socorrido pelo SAMU, agora está internado, entubado, e, seu estado de saúde é muito grave, segundo informações dos familiares. No Hospital São Paulo ele se encontra com escolta policial.
Quanto à arma, embora seja de pequeno calibre (uso permitido), não possui documentação e numeração, mas a investigação vai aguardar que sejam apresentados os documentos para caracterizar sua legalidade.