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Com uma estrada assim, nem sempre é o Melhor Caminho, contam os assentados do Monte Alegre

Estado lançou um programa que visa recuperar estradas rurais para os produtores escoarem os seus produtos agrícolas, no entanto moradores do Monte Alegre após lançamento do Melhor Caminho são impactados pelas condições da rota entre os seis núcleos habitados.

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Estrada fica intransitável quando chove

O que era pra ser peça importante de divulgação do programa chamado “Melhor Caminho” criado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo ainda no Governo João Doria, na verdade, se tornou em terrível dor de cabeça para os moradores do Assentamento Monte Alegre, entre os municípios de Araraquara, Motuca e Matão. Lá estão assentadas 416 famílias.

Esse – Melhor Caminho -, além de ser utilizado por quem mora em um dos seis núcleos residenciais do assentamento também é a rota de profissionais que atuam na Educação, ou então na produção rural, e que, vem encontrando dificuldades para escoamento dos produtos, principalmente quando chove.

Considerado o principal acesso para a EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) “Maria de Lourdes da Silva Prado”, a estrada municipal, de terra em toda sua extensão, pois corta as propriedades rurais, passou a fazer parte do programa do governo desde seu lançamento, no entanto, não há manutenção permanente e as condições de tráfego – quando chove – são péssimas.

Segundo um morador, os próprios ciclistas que fazem pedaladas nos fins de semana criticam o abandono das obras e a maneira lenta com que elas passam por manutenção: “Não há como transitar e os problemas são ampliados quando chove, pois além das poças há o risco dos veículos ficarem encalhados”.

Estado de conservação das estradas rurais no assentamento atrapalha a economia e a produção rural

Nos últimos anos, tendo em vista as ações realizadas pela Padoca, o chamado Circuito dos Sabores tem movimentado a economia e o turismo no assentamento Monte Alegre, que fica na divisa de Araraquara (SP) e Motuca. O projeto em questão reúne produtores rurais, cultura e história com culinária que vai desde o pão com ovo até os licores sofisticados. Uma grande parte dos produtores depende de uma estrada de qualidade para poder receber quem se acostumou com as delícias do campo.

O objetivo do projeto é fazer com que os produtores rurais consigam produzir com tudo aquilo que eles têm nas propriedades. São 45 km com 14 porteiras abertas para receber o turista, mas estradas em péssimas condições.

Cerca de 150 ciclistas passam aos finais de semana movimentando a economia local. A Padoca, que geralmente é a primeira parada dos ciclistas, vende diariamente 70 lanches, mas com estradas ruins – não se tem consumidor.

O programa Melhor Caminho na verdade, contam os comerciantes do lugar, visa a recuperação de estradas rurais por todo o estado de São Paulo, com atuação transversal, melhorando índices econômicos e sociais. Enquanto desenvolve o escoamento da produção agropecuária, o Melhor Caminho resulta, por exemplo, na geração de milhares de empregos diretos.

Só que está bem distante de ser de fato um – Melhor Caminho.