
Depois de um período sabático em 2024, o Coletivo Brasil, com curadoria e organização do artista araraquarense Lauro Monteiro Filho, radicado em Paraty, retorna em 2025 ainda mais forte e com artistas residentes em diversos estados do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná! Justamente no ano em que o projeto completa 10 anos!
“Em 2019 o projeto foi cancelado devido a pandemia covid-19. O Projeto não foi autorizado a ser realizado em 2020, 2021 e 2022. Retomamos em 2023, o primeiro projeto pós pandemia. Em 2023, como o projeto Coletivo Brasil está associado ao Encontro Internacional de Desenho de Rua de Torres Vedras e no mesmo período (outubro de 2023) aconteceu em Buenos Aires, Argentina, um Encontro Internacional de Desenhos de Rua, inviabilizando o projeto em Portugal, pela proximidade geográfica com o Brasil. Há contudo uma discussão junto aos curadores portugueses da possibilidade do projeto ser bienal, assunto que está em análise, aproveitando o hiato desta experiência”, explicou o curador e organizador Lauro Monteiro Filho.
O projeto Coletivo Brasil abrange exposição coletiva, residências artísticas e oficinas de arte, começou após uma exposição de Lauro Monteiro na cidade de Torres Vedras, em Portugal, quando ele apresentou diversas linguagens artísticas ao público lusitano, além de expor trabalhos de artistas de diversos municípios do Brasil como Araraquara/SP, Ribeirão Preto/SP, Franca/SP, São Carlos/SP, São Paulo e ABC paulista, além de Curitiba/PR, Rio de Janeiro e Paraty/RJ.
Após realizar uma exposição por lá, a convite do arquiteto português André Duarte Baptista, Monteiro apresentou uma proposta de parceria público-privada à Prefeitura Municipal local de levar artistas brasileiros para uma série de atividades, à cidade, que fica na região de Lisboa. Com início em 2015, então foram expostos trabalhos em Portugal trazendo desenho, aquarela, pintura, gravura em metal, xilogravura, linóleogravura, colagem, livro de artista, fotografia, vídeo-arte, vídeo-texto, documentário, literatura (poemas) e arte têxtil. Cerca de 40 artistas tiveram seus trabalhos expostos na terrinha.
Mesmo ficando sem as edições de 2020, 2021 e 2022, devido à pandemia, o Coletivo Brasil manteve-se antenado, retornando em 2023 e agora chega em 2025 mais completo do que nunca. Com foco nas artes visuais plásticas, o Coletivo apresenta 18 artistas versáteis, e uma exposição individual de aquarelas, fruto de uma residência artística.
“Se de um lado, o interesse dos artistas brasileiros em participar do Coletivo Brasil 2025 foi “represado” pelo hiato de 2024, penso que foi interessante essa lacuna, pois recebi muitos portfólios interessantes, de artistas que tinham uma produção excelente. Fato é que um dos quesitos para a seleção dos artistas participantes é a produção artística e sua inserção na cultura de sua cidade ou estado. Assim, foi uma seleção difícil de ser realizada, pois as propostas eram muito boas”, continua Monteiro.
Nesta edição, artistas de cidades de várias regiões do Brasil, estarão presentes. Lugares como São Paulo, Piracicaba, Franca, Paraty/RJ, Ribeirão Preto, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Belém/PR, Bauru, São José do Rio Preto, entre outro. Os artistas plásticos, de diversas linguagens e estilos, Cássia Franco, Eduadro Bajzek, Geciane Porto, Heliete Botelho, Heloísa Frossard, Ian Bennett, Ilma Ponte, Julia Silva, Leonardo Conceição, Lídice Salgot, Lucília Abraão, Lucio Cruz, Magali Robaina, Marcus Flavio, Suely Castro Mello, Traude Augustin, Ubirajara Junior e os fotógrafos Nancely Huminhik e Fausto Fernandez estarão em Portugal.
“O Coletivo Brasil tem, desde alguns anos, tema livre – o importante para a minha curadoria é que o artista visual tenha produção artística constante, inserção e pesquisa nas artes além de um percurso que possa projeta-lo à participação de uma exposição coletiva de nível internacional, ou seja, a técnica e o tema não importam tanto. No grupo que se formou em torno deste Coletivo, artistas de vários centros de cultura entre São Paulo e Rio de Janeiro, prioritariamente, há jovens artistas e outros que começaram após se aposentarem, ambos, com perspectiva e qualidade impecáveis. Assim o Coletivo Brasil se forma, com 18 artistas, como uma colcha de retalhos da arte brasileira, trazendo várias técnicas sobre papel – que é uma das orientações para a participação desta “expedição artística” em Portugal. Interessante observar que recebo relatos e mensagens do público português, contatos que a internet pode aproximar, interessados em ver a produção brasileira, esperando o acontecimento em Torres Vedras, cidade que acolheu o projeto com muito carinho”, complementa o curador.