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Crasma tem fila de espera de até 3 anos para consulta psiquiátrica

Informação foi fornecida após questionamento da vereadora Luna Meyer (PDT) 

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O Crasma em Araraquara

O Centro de Referência Ambulatorial de Saúde Mental de Adulto de Araraquara (Crasma-A) conta com 1.926 pacientes aguardando avaliação de psicologia e outros 1.961 na espera por consulta com psiquiatra, com tempo médio de espera de 3 anos e meio. As informações são da Secretaria Municipal da Saúde em resposta ao Requerimento nº 192/2022 da vereadora Luna Meyer (PDT).

No ofício, a Coordenação Executiva de Assistência Especializada reconhece que a saúde mental é um dos principais desafios a ser enfrentado neste momento de pós-pandemia e afirma que medidas estão sendo tomadas para ampliar o quadro de servidores, lembrando que, em 2021, houve restrições para novas contratações, em razão das limitações impostas pela Lei Complementar nº 173/2020. Atualmente, a instituição conta com um operacional de limpeza, dois agentes administrativos, dois terapeutas ocupacionais, dois técnicos de enfermagem, uma enfermeira, uma médica psiquiatra e cinco psicólogos, sendo que dois estão afastados.

“Dado o déficit apresentado e frente à crescente demanda, iniciamos a contratação de psiquiatras, via chamamento público, de forma emergencial e temporária. E durante a permanência do contrato mencionado, realizaremos os trâmites administrativos, visando à contratação e efetivação de novos profissionais”, diz o coordenador, Misael Henrique Emílio.

Ele ainda afirma que, posteriormente a essa organização, será planejada a ampliação da rede de cuidados em saúde mental de forma descentralizada, em locais estratégicos e vulneráveis. “O contexto e as dificuldades são conhecidos, mas estamos empenhados em garantir toda assistência aos usuários de saúde do município, bem como a busca pela resolução da situação com maior brevidade possível”, coloca.

Vereadora Luna Meyer (PDT)

Para Luna, tal situação é inadmissível e é dever do Poder Público zelar pela saúde mental da população. “É urgente que essa questão do tempo de atendimento seja resolvida, quem procura atendimento psiquiátrico está geralmente em uma situação de muita angústia. Em tempos de pandemia e crise econômica, as pessoas precisam mais do que nunca de apoio. Protocolarei novos questionamentos e tomarei medidas necessárias para promover esta resolução.”