Considerada a 22ª colocada no ranking de exportações no Estado de São Paulo e 94ª classificada entre os municípios brasileiros, também em exportações, Araraquara tem sofrido o impacto da crise econômica que ocorre no país nestes últimos quatro anos.
De janeiro a julho deste ano o parque fabril no município exportou cerca de US$ 296; se compararmos estes números com o mesmo período de 2018 vamos ver que são 54,71% a menos, segundo a Secretaria de Comércio Exterior. Também houve queda na importação: compramos quase US$ 34 milhões, que representa 6,19% menos que o ano passado.
Hoje o município possui cerca de 49 empresas exportadoras e a sua cota de participação no Estado representa apenas 1%, segundo o portal de Exportações, Importações e Balança Comercial do Ministério da Economia.
Já no cenário das importações que nos garante o 81° lugar no Estado de São Paulo e o 254° posto no ranking de importações no Brasil, observamos que a crise prejudicou e fez baixar o número de pessoas jurídicas ou físicas interessadas em trazer mercadorias do exterior. No total são apenas 58 importadores – entre pessoas jurídicas e físicas.
Interessante é que em 2018, no período de janeiro a julho, Araraquara já havia exportado quase US$ 700 milhões e importado cerca de US$ 600 milhões, números bem maiores que o período atual pois ambas as categorias não chegam a US$ 300 milhões. Do que exportamos a nossa maior riqueza continua sendo o grupo de sumos de frutas, a laranja com 69% do índice colocado no exterior.
Nestes dados da Secretaria de Comércio Exterior outros itens foram mostrados como integrantes deste quadro exportador: açúcares de cana ou de beterraba (5,1%), matérias vegetais (3,3%), álcool etílico não desnaturado (2,3%), óleos essenciais (10%), carne bovina (2,4%).
O quadro apresenta uma visão geral dos produtos importados por Araraquara, destacando-se máquinas e aparelhos não especificados com 17%; os adubos e fertilizantes chegam a 4,2% e os filés de peixes 9,1%.
Araraquara tem uma característica comercial com países baixos como a Holanda, a Irlanda e a Ucrânia, para onde enviamos menos de 55% dos nossos produtos. Para os Estados Unidos são direcionados cerca de 18% das exportações e a China 9,0%. Atualmente em Araraquara é a China que mais coloca produtos em nosso comércio: quase 33%; em segundo lugar, a Argentina, 11. Mas o município também compra produtos da Alemanha (9,4%), Holanda (4,6%) e França (1,6%).
MENOS SUCO LÁ FORA
As exportações de suco de laranja do Brasil recuaram 13% entre julho de 2018 e março de 2019 em comparação com igual período da safra anterior, informa a associação de exportadores CitrusBR. O Brasil é o principal exportador de suco de laranja do mundo.
Foram embarcadas 741.042 toneladas do produto concentrado, congelado, contra 855.822 toneladas nos 9 primeiros meses da temporada passada. O volume gerou receita de US$ 1,3 bilhão, 12% menor que a do período anterior.