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Crítica ao atual governo federal, nova obra de Ignácio de Loyola Brandão também fala sobre o amor na pandemia

"Deus, o Que Quer de Nós!" será lançado neste domingo (25), a partir das 15h, na Livaria Martins Fontes (Avenida Paulista, 509), em São Paulo, capital

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O caráter crítico embutido na narrativa de Loyola é clara e explícita, qualidade que sempre pautou as obras do autor

Ocupante da décima primeira cadeira da Academia Brasileira de Letras, o renomado escritor araraquarense Ignácio de Loyola Brandão (86) lança sua mais nova obra, “Deus, o Que Quer de Nós!” (Global Editora), neste domingo (25), a partir das 15h, na Livaria Martins Fontes (Avenida Paulista, 509), em São Paulo, capital.

Em “Deus, o que quer de nós”, o leitor é introduzido em um cenário muito parecido com o da sociedade atualmente: o de uma pandemia. Com uma narrativa que mistura passado e presente, o protagonista Evaristo começa sua jornada enterrando sua mulher, Neluce. A pandemia, chamada de Funesta ou Infame, já dura anos e ele já não tem consciência do que é realidade, sentido e expectativa.

Seus sentimentos se misturam e confundem, e o governo, liderado por uma figura que é referenciada como Desatinado ou Destemperado, causa desamparado, confusão e morte. Na medida em que Evaristo relembra sua vida ao lado da mulher, isolado em seu apartamento, ele tem crises de ansiedade, depressão, ternura e felicidade.

“Esses sentimentos contraditórios servem não apenas para pontuar as consequências do isolamento e de um governo irresponsável, mas também para mostrar a história de amor dos dois protagonistas, fazendo com que o livro seja, principalmente, sobre humanidade, em todos os sentidos da palavra”, comenta Loyola.

Personalidade Literária do Ano homenageada na 63ª edição do Prêmio Jabuti (mais tradicional e prestigiada honraria do livro do País), Loyola Também jornalista e cronista, Loyola publicou 45 livros de diversos gêneros, como romances, contos, infanto-juvenis, teatro, etc.

Recebeu, em 2016, da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Machado de Assis pelo Conjunto da Obra. Em Araraquara, foi colunista nos jornais O Imparcial e Tribuna Impressa.

Por Matheus Vieira