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Deflagrada nesta terça a Operação Nuvem de Fumaça em Araraquara

Operação contra sonegação na venda de cigarros cumpre mandado em Araraquara e outras cidades do Estado de São Paulo

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Preparativos ontem para a realização da operação nesta terça-feira em Araraquara

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira-SP) deflagrou na manhã desta terça-feira (31), a Operação Nuvem de Fumaça visando investigar suspeitas de sonegação e fraude fiscal estruturada no ramo do tabaco. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Marília, Araraquara, Bady Bassitt e Taubaté. Todos foram expedidos pela Justiça Criminal de Araraquara.

As investigações apontaram que o alvo principal da operação é uma distribuidora de cigarros em Araraquara, região do CECAP, responsável atualmente por uma dívida superior a R$ 213 milhões com o estado de São Paulo, resultado de “sistemática inadimplência tributária e de uma sofisticada blindagem patrimonial por estruturas societárias nacionais e offshores”. O grupo, segundo o Comitê, é sucessor de uma das maiores devedoras da União, cujo montante em tributos federais supera R$ 3 bilhões.

“De acordo com as investigações, a sonegação fiscal e a preordenada inadimplência tributária envolvia, além da blindagem patrimonial, operações simuladas de produção e circulação de cigarros e importação irregular do produto efetivamente comercializado”, diz o Comitê em nota.

Os mandados estão sendo cumpridos por 14 promotores de Justiça, 40 auditores fiscais da Receita Estadual e nove procuradores do Estado, além de nove servidores das três instituições, e equipes dos batalhões da Polícia Militar do estado de São Paulo. A ação é coordenada entre a Secretaria da Fazenda e Planejamento, Ministério Público pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Procuradoria Geral do Estado pelo Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal e o apoio da PM.

Em Araraquara, pelo menos três mandados foram expedidos, um deles em região aristocrática do municio, o Residencial Dahma. Outros dois em prédios ligados diretamente à industrialização dos produtos. Ninguém foi preso em Araraquara, havendo apenas apreensão dos documentos.