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Dia Internacional da Mulher: Prefeitura realiza show gratuito com Maria Gadú

Com abertura da araraquarense Lilian Jardim, show nesta quarta (8), às 19h, no Cear, com entrada gratuita

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Artista apresenta canções brasileiras que marcaram sua vida, reverenciando grandes nomes da MPB

Maria Gadú é a atração artística gratuita do próximo dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. O show integra a programação “Mulheres pela Democracia: Direitos Humanos, Justiça e Participação”, organizada pela Prefeitura de Araraquara, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Participação Popular e Coordenadoria de Políticas para Mulheres.

O show gratuito será realizado no CEAR (Centro de Eventos de Araraquara e Região), no próprio dia 08 de março (Dia Internacional da Mulher). A abertura será às 19 horas com a apresentação da cantora araraquarense Lilian Jardim.

Além do show, a programação da Prefeitura para o Mês da Mulher engloba ações como a 1ª Feira de Direitos: Araraquara: morada da cidadania das mulheres, Plenária Temática das Mulheres para definição de investimentos públicos para a população feminina, lançamento de Guia de Prevenção e Tratamento dos Agravos da Violência Sexual contra Mulheres e Meninas, audiência pública, prêmio Heleieth Saffioti e campanhas de informação sobre legislação que tratam da questão das mulheres. Toda a programação pode ser acessada no site da Prefeitura: www.arararaquara.sp.gov.br.

“Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor” – Celebrando o marco dos seus 20 anos de carreira com o projeto “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, Maria Gadú apresenta canções brasileiras que marcaram sua vida, reverenciando grandes nomes da MPB, como Caetano Veloso, Gonzaguinha, Marisa Monte, Rita Lee e Renato Russo, além de apresentar músicas internacionais.

No álbum do projeto são, ao todo, doze faixas produzidas por Gadú, nas quais ela interpreta e toca todos os instrumentos das canções, comprovando sua versatilidade e pluralidade tanto como intérprete quanto como musicista.

Ela conta que este projeto reverência à arte, à solidão, às novas experiências, ao novo, ao velho, ao eterno. “Nesse projeto, homenageio, me arriscando em novas falanges da musicalidade, artistas que acompanham minha alma há muitos anos”, declarou. “Me arrisquei a executar instrumentos que nunca havia tocado antes, em canções que me provocam e embalam meu coração. Uma reverência solitária a toda essa esfera. Dedico especialmente este musical aos meus alicerces: Marisa Monte e Milton Nascimento”, apontou a cantora.

PERCURSO

A cantora e compositora – que ficou conhecida com o hit “Shimbalaiê”, parte da trilha sonora da novela “Viver a Vida” (2009) – desde criança, brincava de ser cantora, fazia gravações em fitas e tocava violão. Aos 13 anos começou a fazer shows em bares e festas de família e, quando chegou ao Rio de Janeiro, em 2009, se apresentou em bares da Barra da Tijuca e da Zona Sul.

Logo depois, chamou a atenção de grandes nomes da música, como Milton Nascimento. No mesmo ano, com apenas 22 anos de idade, gravou sem primeiro álbum e fez uma temporada de divulgação do trabalho no “Cinemathèque”, em Botafogo.

Foi um sucesso atrás do outro. Depois de “Maysa” e de “Viver a vida” – a canção “Shimbalaiê” foi composta quando a cantora tinha 10 anos -, uma regravação de “A história de Lilly Braun” entrou na trilha da minissérie “Cinquentinha”, de Aguinaldo Silva.

Em 2010, participou do show do cantor sueco-americano Eagle-Eye Cherry, na Via Funchal, em São Paulo. No mesmo ano, participou do CD e do DVD da cantora Ana Carolina, do álbum da Xuxa e ainda recebeu duas indicações ao Grammy.

O segundo álbum, lançado em 2011, conta com a participação de Lenine e do cantor português Marco Rodrigues. Ainda em 2011, o canal Multishow lançou o CD e DVD ao vivo “Maria Gadú e Caetano Veloso”, resultado da turnê que o renomado artista brasileiro fez ao lado da jovem cantora e compositora.

Maria Gadú também fez regravações elogiadas de clássicos do rock e da MPB, como “Rapte-me camaleoa”, de Caetano Veloso, e “Quase sem querer”, do Legião Urbana, música do filme “Desenrola” (2011).

Em 2013, lançou o álbum de compilação “Nós”; dois anos mais tarde, “Guelã”; e em 2016, o DVD “Guelã Ao Vivo”. Entre 2010 e 2016 gravou três álbuns de vídeo. Em 2019, levou sua turnê para a Europa e integrou a turnê de Milton Nascimento, “Clube da Esquina”.

Outras músicas da artista embalaram a trilha sonora de “Cordel Encantado” (“Bela Flor”), “Cheias de Charme” (“Estranho Natural”), “Flor do Caribe” (“Em Paz), “Império” (“Meu Rio”) e “Segundo Sol” (“Baianidade Nagô”) só para citar algumas.

A cantora acumula 5 indicações ao Grammy Latino entre 2010 e 2015, além de ter vencido os prêmios Multishow (2010) e da Música Brasileira (2017).

ATIVISMO

Vale destacar que, ao longo de sua trajetória, Gadú sempre se dedicou a estudos sobre antropologia, sociologia e sobre a história Brasileira genuína, e, após o lançamento de “Guelã ao Vivo”, a artista intensificou as pesquisas e o seu ativismo pelas causas indígena, LGBTQIA+, feminista, anti-racista, tornando- se referência para esses movimentos no Brasil.

Em agosto do ano passado, Gadú estreou o projeto “Gadú 20 Anos”, no qual comemora seus 20 anos de carreira, e desde agosto tem rodado os palcos de todo o Brasil tocando seus grandes sucessos ao lado da banda que a acompanhou durante a turnê de seus dois primeiros discos. Agora é a vez de Araraquara celebrar o projeto!