Em nota emitida neste sábado (23), por volta das 22h, a Prefeitura de Araraquara e a FunGOTA rebateram denúncias apresentadas pela enfermeira obstétrica que relatou em Boletim de Ocorrência Policial ter sido ameaçada por gestos da diretora da Fundação (suposto gesto de “arma na cabeça”) na tarde do dia 18, e que, ainda, estaria sendo assediada por representantes da instituição.
Sentindo-se ameaçada e fora de Araraquara por medida de segurança, a enfermeira de 42 anos decidiu registrar boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia na sexta-feira (22), contra a diretora e também a Maternidade Gota de Leite, que teria sua estrutura administrativa aparelhada por pessoas ligadas à vida política e ao Partido dos Trabalhadores, o PT.
Ao delegado a servidora pública contou e assinou – que estaria sendo ameaçada pela direção da FunGOTA, por possuir diversas gravações de conversas ameaçadoras sobre assuntos pertinentes à FunGOTA, devendo relatá-los ao Portal de Notícias Balda News e paralelamente à polícia e ao Ministério Público. Ela chegou a autorizar expressamente as denúncias feitas na Delegacia de Polícia.
A situação se agrava a partir do instante da sua confissão ao delegado, que “presenciou gestos de uma pessoa ligada à atual administração da maternidade, simulando um revólver apontado para sua cabeça. E volta a repetir ter conhecimento de fatos ocorridos no ambiente de trabalho que aumentam suas preocupações. As ameaças segundo ela teriam sido feitas pela diretora da FunGOTA, que recentemente recebeu da Câmara Municipal o título de “Cidadã Araraquarense”.
Em sua nota, a diretoria da FunGOTA repudia as acusações e informa que, mesmo antes do boletim de ocorrência mencionado, já havia instaurado processo administrativo disciplinar (PAD) contra a enfermeira em questão para investigar infrações funcionais que ela teria cometido, incluindo ameaças e agressão contra outras servidoras e diversos colegas de trabalho, de vários setores. A FunGOTA acusa a enfermeira de – multireincidente em processos disciplinares, porém não diz quais foram seus atos infracionais.
A denúncia feita pela profissional da Enfermagem de que – foi atemorizada com um gesto simbólico de um revolver apontado para sua cabeça é contestado pela FunGOTA, alegando que a Diretora da Fundação, anunciada como suposta agressora, nem mesmo se encontrava no local e no horário em que a enfermeira afirma ter sido por ela agredida, o que revela, na verdade, uma narrativa fantasiosa e mirabolante por parte da denunciante. É o que diz a instituição.
Por fim, o documento é fechado pela Fundação com ameaça de que – vai utilizar todos os meios legais para descaracterizar as falsas imputações formuladas, através de todos os meios disponíveis.
Além disso assegura que a Diretoria tomará todas as providências jurídicas para que sejam igualmente responsabilizados quem divulga notícia mentirosa, conforme estabelece a legislação brasileira, tendo em vista a necessidade de defender incansavelmente os pilares da democracia e da verdade, em tempos em que a sociedade se vê rodeada da propagação desenfreada de “fake news”, inclusive por quem tem o dever de informar.
As ameaças neste tom são direcionadas aos veículos que até agora publicaram a versão original do Boletim de Polícia elaborado na delegacia e que mediante provas permitirão instauração de inquérito e paralelamente ao Ministério Público, como a própria denunciante afirmou. A enfermeira disse que – esta semana dará entrevista sobre fatos que marcam sua passagem pela Gota de Leite com provas (gravações).