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Documentário sobre Cairbar Schutel estreia no Cine Center Lupo Araraquara neste sábado (27), 10 horas

Dirigido e produzido por Zé Henrique Martiniano e Márcia Tamia, o documentário é o quarto grande trabalho audiovisual da dupla. Com uma linguagem leve e envolvente, a obra apresenta um homem à frente de seu tempo, que enfrentou preconceitos, superou obstáculos e construiu pontes de humanidade.

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Márcia Tamia e Zé Henrique, juntos na produção do documentário sobre Cairbar Shutel que morou em Araraquara

Neste sábado, 27 de setembro, às 10h, o Cine Center Lupo vai abir suas portas para um evento especial: a estreia do documentário “Vivi, Vivo e Viverei – Cairbar Schutel”, que resgata a vida e a obra de um dos personagens marcantes da história da região e do país.

Cairbar, ainda jovem mudou-se do Rio de Janeiro para Araraquara, onde foi farmacêutico na Droga Raia, primeira loja da rede. Foi o primeiro  prefeito de Matão, jornalista, músico, escritor e filantropo.

Cairbar Schutel (1868-1938) viveu intensamente a missão de servir, dedicou sua vida à solidariedade, à cultura e à difusão de ideias que atravessaram fronteiras. Criador do jornal O Clarim, que há 120 anos circula ininterruptamente, e da Revista Internacional de Espiritismo (RIE), que completa 100 anos em 2025, tendo deixado um legado imortal, ainda vivo em sua obra, na memória coletiva e nas instituições que levam o seu nome.

PRODUÇÃO DE QUALIDADE

Dirigido e produzido por Zé Henrique Martiniano e Márcia Tamia, o documentário é o quarto grande trabalho audiovisual da dupla. Com uma linguagem leve e envolvente, a obra apresenta um homem à frente de seu tempo, que enfrentou preconceitos, superou obstáculos e construiu pontes de humanidade.

“A figura excepcional desse homem, que extrapolou os limites do espiritismo, nos inspirou a homenageá-lo nesta data comemorativa”, afirma o diretor Zé Henrique, que já esteve à frente de produções como Parnaso Cantado (2022), Alvorada do Espiritismo na Morada do Sol (2023) e Wallace Leal – Poderes do Espírito (2024).

Mais que um documentário, é uma celebração da nossa história e identidade, conta Zé Henrique que nesta semana foi entrevistado no RCIA, juntamente com Márcia Tamia, sua esposa.

RCIA: Zé, como lhe ocorreu a ideia de fazer documentários?
O primeiro documentário que fiz foi “Parnaso Cantado – o documentário” em 2022, comemorando 90 anos do lançamento do primeiro livro de Chico Xavier, Parnaso de Além-túmulo.

A ideia surgiu de uma conversa com Orson Peter Carrara de fazermos um EAC – Encontro Anual Cairbar Schutel, homenageando os 90 anos desse livro.

Eu fiz um CD com 11 poemas do livro e o Orson convidou 11 palestrantes para comentar os poemas. Então tive a ideia de gravar trechos desses palestrantes e inserir antes das músicas, produzindo um documentário com depoimentos sobre os poemas e os poemas musicados em videoclipe. Esse primeiro documentário foi exibido no Cine Center Lupo de Araraquara em 2022 com um grande público presente.

RCIA: Zé, e depois como foi que veio o desejo de fazer um documentário sobre Cairbar?
Em 2023, eu e Márcia Tamia, minha esposa, resolvemos produzir um documentário chamado “Alvorada do espiritismo na Morada do Sol” contando a origem dos primeiros centros espíritas na cidade de Araraquara.

Em 2024, por ocasião do centenário de nascimento de Wallace Leal, grande artista local do teatro, do cinema e um dos continuadores do trabalho de Cairbar Schutel, no Espiritismo especialmente na Casa Editora O Clarim, fizemos um documentário e uma minissérie em 10 capítulos intitulados “Wallace Leal – Poderes do Espírito”.

Nesse ano de 2025 comemoramos 120 anos do primeiro centro espírita da região e da primeira gráfica espírita da região, fundados por Cairbar Schutel.

A figura excepcional desse homem, que extrapolou os limites do Espiritismo, nos inspirou a homenageá-lo nesta data comemorativa.

RCIA: Márcia, qual a sua participação neste documentário?
Quero deixar registrado que o artista é o Zé Henrique.

Minha contribuição é com as pesquisas, discussões para montarmos o roteiro, filmagens e a parte mais bruta da edição.

Cairbar Schutel (1868-1938) viveu intensamente a missão de servir, dedicou sua vida à solidariedade, à cultura e à difusão de ideias que atravessaram fronteiras

Neste documentário, pesquisei sobre Cairbar Schutel em 2 obras biográficas e outras 3 com conteúdo sobre histórias da vida de Cairbar. Essas histórias e conversas com pessoas ligadas a ele nos levaram a decidir por fazer um documentário com uma pegada mais leve, mostrando aspectos mais íntimos e pessoais sobre Cairbar Schutel.

RCIA: Zé, qual a sua maior inspiração para se dedicar a documentários espíritas?
O trabalho que faço de musicar poemas espíritas, desde 2010, e mais recentemente a produção desses documentários espíritas, deve-se à minha profunda admiração pela obra poética de Chico Xavier e pela profundidade contida nos ensinamentos do Espiritismo.

RCIA: Márcia, fale um pouco sobre os entrevistados no documentário.

Como disse, conversamos com muita gente que sabia muita coisa sobre Cairbar Schutel.

Acabamos escolhendo para as entrevistas o Orson Peter Carrara, palestrante espírita, grande admirador de Cairbar Schutel, tanto que promove há anos o Encontro Anual Cairbar Schutel.

Convidamos também David Liesenberg, jornalista e biógrafo de Cairbar, autor do livro “O imortal Cairbar Schutel”.

E tivemos o privilégio de poder contar com a contribuição de Ana Beatriz Perche Baldan, da família Perche que tinha uma amizade muito sólida com Cairbar e sobrinha-neta das médiuns de Cairbar. Ana Beatriz trouxe o olhar de criança de sua mãe que admirava, mas não tinha a consciência da grandeza desse homem.

E a cereja do bolo foi entrevistar Dona Ziza, hoje com 102 anos, muito lúcida e apaixonada pela vida, que conviveu com Cairbar e trabalhou na Editora O Clarim.

RCIA: Márcia, onde e quando será o lançamento do documentário?
Será no Cine Center Lupo de Araraquara, neste sábado, dia 27/set, às 10h da manhã.Esperamos todos lá, para homenagear esse grande homem, Cairbar Schutel!