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Dono de canil em Araraquara é autuado em R$ 24 mil por mutilar orelhas de Pit Monster

Polícia Ambiental em Araraquara cumpriu determinação do Ministério Público de São Carlos que considerou maus tratos praticados contra cães Pit Monster, que tiveram orelhas mutiladas para efeito de valorização dos animais na comercialização da raça. O fato se deu no Alto de Pinheiros.

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Instrumentos para mutilação, a orelha do filhote cortada e o animal com valor estimado em até R$ 5 mil (Fotos: Polícia Ambiental)

Nesta quarta-feira (23), a Polícia Militar Ambiental realizou diligência numa residência no bairro Altos do Pinheiro em nossa cidade visando cumprir exigência do Ministério Público de São Carlos sobre cometimento de atos de maus tratos em cachorros em Araraquara.

De acordo com a Polícia Ambiental foi constatado que no endereço mencionado funciona um canil especializado na comercialização da raça Pit Monster, sendo constatada a presença de 4 cachorros, sendo 3 adultos e 1 filhote.

Filhote já com as orelhas mutiladas

Em nota emitida nesta quinta-feira (24) os animais embora estivessem recebendo água limpa e alimentação adequada e acondicionados em ambiente higienizado e arejado, apresentavam as orelhas cortadas, estando o filhote ainda suturado.

Também foram encontrados diversos instrumentos cirúrgicos e medicações próprias para a mutilação e cicatrização dos animais que posteriormente poderão ser colocados à venda no mercado de cães desta raça.

Por considerar que desde o ano de 2008 o Conselho Federal de Medicina Veterinária emitiu resolução proibindo a mutilação de orelha de cachorros e gatos para fins estéticos, ficou caracterizada a situação de maus tratos.

Diante da ilegalidade, com fundamento no art. 29 da Resolução SIMA 05/2021, foi lavrado em nome do proprietário o respectivo auto de infração ambiental no valor total de R$ 24.000,00, concomitantemente apreensão dos animais, instrumentos e medicação.

Cães têm preços que variam de R$ 1.700,00 até R$ 5.000,00

Considerando que o proprietário estava ausente, os fatos foram comunicados a autoridade policial, que lavrou o respectivo boletim de ocorrência e acionou a polícia científica.