Foi anunciada nesta terça-feira (29) a morte da professora e doutora Inayá Bittencourt e Silva, nome que faz parte dos lendários educadores da região de Araraquara. Ela teve participação altamente significativa na história do ensino brasileiro e uma das maiores personalidades da Educação a partir dos anos 60, pelos seus conhecimentos e envolvimento direto na discussão das políticas públicas no período da revolução.
Em nota a Prefeitura de Araraquara disse lamentar profundamente o falecimento de “dona Inayá”, considerando-a referência marcante na educação do município. “Com uma trajetória dedicada ao ensino público, Inayá formou gerações de araraquarenses e foi pioneira no debate sobre racismo nas escolas, com a publicação do livro Racismo Silencioso na Escola, em 2009”, comentou.
Inayá autou como diretora do EEBA e lecionou até 2021, incluindo aulas online durante a pandemia, já perto dos 90 anos.
Diz a nota emitida pelo município: “Sua elegância, firmeza e compromisso com a educação transformadora deixaram um legado admirável. Nossos sentimentos aos familiares, amigos e a todos que foram impactados por sua atuação e exemplo”.
Ynaiá possuía graduação em Licenciatura em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Araraquara (1968), graduação em Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal (1979), graduação em Matemática pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Araraquara (1973), mestrado em Ciências Sociais – Sociologia Rural e Urbana pela Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara Unesp (1990) e doutorado em Ciências Sociais – Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999).
Foi professora titular do Centro Universitário de Araraquara, atuando principalmente nos seguintes temas: sociologia e filosofia da educação, profissão docente, discriminação na educação, cotidiano escolar e ensino e aprendizagem.
