Os três envolvidos na morte do cabo da Polícia Militar Elias Mathias Ribeiro, 50 anos, foram a júri popular nesta terça-feira (19), no Fórum de Araraquara. O julgamento havia sido cancelado devido a Fase Vermelha do Plano São Paulo, estabelecida por decreto em Araraquara em fevereiro deste ano.
Os acusados Genivaldo da Silva, 54 anos, Jaciane Maria, 40 anos, e sua filha Larissa Marques, 22 anos, já estavam presos desde a época do crime, há aproximadamente 2 anos e vão continuar na prisão, pois todos foram condenados por decisão dos jurados. Genivaldo (réu confesso), pegou 21 anos, Larissa, 24 anos, e Jaciane, a mandante, 29 anos de prisão em regime fechado.
Nesta terça-feira em Araraquara o Tribunal do Júri foi instalado às 9h, presidido pelo Juiz José Roberto Bernardi Liberal e vinte e cinco jurados, dos quais sete foram sorteados para compor o conselho de sentença, tendo o encargo de afirmar ou negar a existência do fato criminoso atribuído aos três acusados pelo crime do militar.
Já se sabia que o julgamento poderia passar da meia-noite; e foi o que realmente aconteceu, pois às 17h45 começaram os debates e por volta das 20h houve um intervalo. Tais debates foram encerrados somente às 22h40, sendo em seguida iniciada a votação para ser anunciado uma hora depois que os três envolvidos no crime de Mathias estavam condenados.
ENTENDA O CASO MATHIAS
O caso teve início quando Mathias mantinha um relacionamento amoroso com Jaciane Maria por aproximadamente de cinco meses, e teria se envolvido com a filha mais nova dela, de 20 anos. O pivô do crime foi um vídeo feito pelo PM mantendo relações sexuais com a jovem em um motel. A irmã mais velha dela acabou tendo acesso a esse vídeo através da mãe e teria ido falar com um tio de sua mãe, o pedreiro Genivaldo da Silva, de 54 anos. Em seguida, o trio planejou a morte do PM.
Na noite de sua morte, Mathias foi convidado por Jaciane para dormir em sua casa, mas no local, ele acabou sendo dopado. Com o PM desmaiado, Genivaldo foi chamado pela sobriNha e, com uma marreta, gopeou a cabeça dele até matá-lo. Foram cinco marretadas ao todo. Em seguida, o corpo foi enrolado em um tapete e colocado no porta-malas de seu próprio carro, um Hyundai/Tucson, incendiado em um canavial localizado às margens da Vicinal José Barbanti Neto, que liga Américo Brasiliense até a Rodovia SP-255.
As identificações agiram de forma rápida e no dia seguinte mãe e filha já estavam presas. Genivaldo também foi preso na mesma semana e confessou o crime.