Em Brasília nesta quinta-feira (10), o prefeito de Araraquara Edinho Silva, também um dos coordenadores da campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, concedeu entrevista à Globo News sendo na oportunidade, questionado sobre a forma com que o governo desenvolverá seu programa voltado a investimentos na área social. Também em Brasília, nesta quinta, estava o presidente eleito discursando no Centro Cultural do Banco do Brasil para deputados e senadores, além de convidados.
Em sua fala Lula reafirmou a priorização da área social, gerando com esse discurso uma reação no mercado, com pessimismo – a moeda subiu 2,9% até 12h50. O Ibovespa caiu 2,5%, aos 110.725 pontos. O dólar bateu R$ 5,33. Para o mercado o presidente eleito defendeu a mudança de alguns conceitos econômicos, como “gasto”.
Na entrevista o coordenador Edinho Silva deixou claro que “o Brasil votou no presidente Lula para que tivéssemos algumas prioridades entre elas, que o Brasil enfrentasse a fome, que o Brasil enfrentasse a exclusão social, que o Brasil enfrentasse a falta de perspectiva. “Eu penso que é uma falsa contradição colocarmos um governo que prioriza a área social com o governo de gastança”, referindo-se a Bolsonaro. “Penso que essa contradição não existe, ao contrário, penso que toda orientação do presidente Lula até agora, além de buscar recursos para que a gente possa dar continuidade aos programas existentes está sendo para que o país não sofra descontinuidade nos seus programas, principalmente os programas de transferência de renda para a população que mais precisa”, citou Edinho.
Na sua opinião, Lula está agindo de forma transparente e não há nenhuma medida para que se maquie este momento e não há nenhuma medida para que se minta para a sociedade sobre o déficit; existe o déficit que será ampliado para que não haja descontinuidade dos programas sociais existentes; é evidente que quando você assume, você estabelece uma relação de responsabilidade com esse déficit, comentou.
Edinho argumentou também que embora Lula seja o presidente eleito, Lula ainda não é governo: “Nós não somos governo, estamos na fase de diagnóstico, tentando tomar medidas emergenciais. Posso dizer a vocês e a população brasileira é que o presidente Lula tem um princípio, de governar com responsabilidade fiscal”, completou o coordenador.